Um pouco de feedback, por favor
Anunciantes têm que fazer os RFPs valerem mais a pena se querem que as agências continuem respondendo
Anunciantes têm que fazer os RFPs valerem mais a pena se querem que as agências continuem respondendo
Meio & Mensagem
30 de outubro de 2013 - 9h40
Por Mark Simon, do Advertising Age (*)
Um artigo recente do Advertising Age afirma que as agências estão recusando participar de todas as propostas (RFPs – requests for proposals, em inglês) que os anunciantes as dão, citando taxas menores, deadlines curtos, briefs vagos e demandas irracionais. A pressão que sofrem os CMOs para entregar resultados da noite para o dia, uma paisagem de mídia em constante evolução e margens de lucro encolhidas estão todas combinando para diminuir a qualidade dos RFPs e aumentar o número de agências que sentem que devem dizer “obrigada, mas não, obrigada”.
A esta lista de problemas dos RFPs, adiciono mais uma: a completa falta de encerramento.
Quando você ganha, os clientes são efusivos nos seus elogios. “Você nos ganhou no vídeo do hino”, dizem. “Seu chief creative officer é um ser humano incrível”. Você sabe, o normal.
Mas quando você não ganha, o feedback é menor. Depois de tudo que uma agência coloca em campo, ouvir “O cliente não estava sentindo a ideia” não serve. Depois de organizar grupos de foco, pesquisas de campo, produzir vídeos, agendar viagens – tudo do seu próprio bolso – ouvir “O cliente sentiu que os outros caras serviam mais” é o equivalente nos negócios a “Não é você, sou eu”.
Tudo que estou pedindo é: se uma agência não ganhar a conta, diga a eles a razão. Se a outra agência foi incrível, ótimo. Não é fácil de ouvir, mas tudo bem. Ao vencedor, as batatas. Mas geralmente não é tão simples assim. E enquanto sei que pode ser difícil articular a conversa, você deve isso a eles. Uma agência coloca seu coração e alma em uma concorrência. O mínimo que você pode fazer é dar algo em troca.
Isso não é sobre mudar sua cabeça ou desafiar sua decisão. Não é um processo de apelação. Tudo que as pessoas querem é aprender com as experiências para que possam ser mais inteligentes da próxima vez. O autor Samuel Smiles disse, “Aprendemos a sabedoria pelo fracasso, muito mais que pelo sucesso”. O que é outra maneira de dizer: Fale direto comigo.
Você nos pediu para arrumar seu modelo de negócios, desenhar uma estratégia de mercado completamente diferente e criar uma campanha integrada que trabalhe com todos os canais no prazo de duas semanas. Esta é uma grande quantidade de tempo e energia que colocamos em ajudar o seu negócio. Tudo que peço é que você gaste alguns minutos ajudando o nosso.
Mark Simon é chief creative officer da Lowe Campbell Ewald
(*) Tradução: Aline Rocha
Compartilhe
Veja também
Britânia promove espetáculo natalino ao som de Air Fryers
Iniciativa foi desenvolvida pela Calia Y2 Propaganda e Marketing e conta com a presença do maestro João Carlos Martins
Campanhas da Semana: verão, festas e presentes
Intimus reforça importância do conforto no Verão, enquanto McDonald’s e Multishow apostam em música para se conectar com o público