Leandro Barreto é novo CMO global da Unilever
Com a promoção do executivo a um papel global ampliado, após a saída de Esi Egglestone Bracey, a companhia sinaliza uma nova fase para o marketing, mais conectada à execução, às unidades de negócio e à criação de desejo em escala
Leandro Barreto assume a agenda global de marketing da Unilever (Crédito: Divulgação)
A Unilever anunciou uma mudança relevante em sua estrutura global de marketing com a saída de Esi Eggleston Bracey, atual chief growth & marketing officer, prevista para o fim de janeiro de 2026. A executiva encerra um ciclo de oito anos na companhia, período marcado pela consolidação de uma agenda de crescimento baseada em marcas fortes, criatividade e diversidade.
Como parte dessa transição, a multinacional optou por não manter o cargo de Chief Growth & Marketing Officer. Em seu lugar, a empresa promove Leandro Barreto, até então CMO global de Beauty & Wellbeing, para um mandato ampliado como chief marketing officer da Unilever, assumindo a responsabilidade pela agenda global de marketing do grupo a partir de 1º de janeiro de 2026, ao mesmo tempo em que segue liderando a vertical de beleza e bem-estar.
Segundo a companhia, a mudança reflete uma evolução na forma como o marketing se conecta às operações e às unidades de negócio, com foco maior em execução, velocidade e impacto direto no crescimento das marcas. A Unilever busca, com isso, aproximar ainda mais as capacidades globais de marketing das necessidades específicas de cada categoria e mercado.
Durante sua gestão, Esi Eggleston Bracey teve papel central na defesa da criatividade como motor de crescimento, no fortalecimento da cultura de marca e na ampliação da representatividade dentro e fora das campanhas da empresa. Sua saída ocorre em um momento em que grandes anunciantes revisitam estruturas e papéis do marketing diante de um ambiente mais fragmentado, orientado por dados e pressionado por resultados de curto prazo.
A escolha de Barreto sinaliza continuidade, mas também pragmatismo. Reconhecido internamente por seu trabalho à frente de marcas globais e por uma abordagem que combina criatividade, cultura e disciplina comercial, o executivo assume em um contexto em que o marketing é cada vez mais cobrado por entregar diferenciação criativa sem se afastar da eficiência operacional.
Para o mercado, a decisão reforça uma tendência observada entre grandes anunciantes: menos camadas corporativas e mais integração entre estratégia de marca, vendas e execução no ponto de contato com o consumidor. Uma equação complexa, mas essencial para sustentar relevância e crescimento em escala.
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