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Opinião

Já imaginou como será a voz da sua marca?

Pesquisa mostra que, em um ano, smart speaker será realidade para metade da população americana; tendência global pode alavancar marketing das marcas


7 de fevereiro de 2019 - 14h45

Créditos; seewhatmitchsee/iStock

Trinta e dois por cento poderia ser o número da intenção de votos em um candidato qualquer dentro de um determinado processo eleitoral, com margem de erro para mais ou para menos, mas não é. Poderia ser o número de pessoas participando de uma manifestação, mas, óbvio, na contagem da organização e não da PM. Esse número poderia representar o crescimento de uma start-up do momento de um dia para o outro, gerando uma dezena de palestras sobre o futuro de uma indústria feitas por pessoas que nunca pisaram na indústria. Mas também não é. Na verdade, esse é o percentual de pessoas nos Estados Unidos que já possuem Smart Speaker.

O dado é de uma pesquisa recente divulgada pela Adobe Analytics, que mostra o salto de aquisição do gadget e já faz uma previsão que os smart speakers chegarão a 48% até o final do ano, isso é uma prova convincente de que o negócio é cool e chegou com força em terras yankees.

Como a versão no nosso dialeto português ainda não está disponível nos principais players, as vendas aqui no mercado tupiniquim respiram por aparelhos, mas já dá alguns sinais de que em algum momento irão deslanchar. Dedinhos cruzados.

Ainda de acordo com a pesquisa, a previsão para os americanos é de aceleração no ritmo de crescimento, devendo chegar perto dos 50% até o final de 2019: isso mesmo, metade dos americanos terão uma interface conversacional em sua residência – eu disse metade.

Outro dado da pesquisa, bem curioso por sinal, é como os americanos utilizam os Google Homes, Alexas, Apple Homes, entre outros. Em primeiro lugar, vem o comando para tocar músicas (“Alexa, play ‘Macarena’”); em segundo lugar, está a consulta do clima –os americanos não perdem essa mania de acompanhar o tempo a todo momento: “Ok Google, check the weather”. E, em terceiro lugar, pasmem, fica o uso recreativo de perguntar bobagens para um assistente robótico: “Siri, do you have boyfriend?”, “Siri, say that you love me” ou “Siri, sing funk”, e por aí vai.

Algumas marcas já criaram experiências só com voz. Imagine se o Burger King fizesse a ação deles “Ok Google” agora, com a penetração que o device tem hoje. Para quem não lembra, era um comercial de 15 segundos de TV que chamava o Google e pedia para ele explicar o que era um Whopper Burger. Se essa ação fosse hoje, provavelmente, o resultado seria bem maior do que foi.

Além da ação do Burger King, outras marcas já estão atuando de forma bem firme nesse território, como é o caso da Purina, com o projeto Ask Purina e também a Tide, com o case Stain Remover. Preste atenção, tem gente que já está avançando, literalmente, no diálogo com os seus clientes.

Qual relação que você acha que pode ter com os seus clientes a partir da experiência de voz? O mercado está crescendo e novas possibilidades estão chegando para todos os tipos de marcas e produtos. É fundamental se planejar e construir essa relação de empatia por meio de uma estratégia de brand voice.

Agora, olhe bem. Se esse mercado está crescendo tanto, será que as marcas já estão preparadas para isso? Já imaginou como seria o brand voice da sua marca? É masculino ou feminino? É imperativo ou descolado? Imagine que o seu negócio, empresa ou serviço pode, literalmente, conversar com as pessoas.

– Olá! Eu sou o seu presente, e já estou 32% no futuro.

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