A pandemia fez avançar a equidade de gênero no marketing?

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Opinião

A pandemia fez avançar a equidade de gênero no marketing?

Mulheres têm evoluído na hierarquia da área, ainda assim, representam 30% do mercado de marketing digital no Brasil, mas são apenas 6,5% em cargos de liderança


8 de março de 2022 - 15h00

Dilok Klaisatapor/shutterstock

Update or die. Há quase dois anos, o setor da saúde está sob os holofotes e as empresas precisaram se reinventar ou “morrer” com os desafios trazidos pela pandemia do Covid-19. E, na era do storydoing, o marketing se reformulou para refletir o esforço conjunto das companhias para apoiar os brasileiros em seus cuidados com a saúde.

Percebo um grande esforço em mudar a cultura majoritariamente masculina do marketing. Não é retórica: as empresas estão cada vez mais conscientes sobre a importância de um ambiente diverso e inclusivo, assim como sobre os benefícios que uma equipe multicultural pode trazer a uma marca. Afinal, trazer para o time visões e vivências distintas contribui para o desenvolvimento de produtos e serviços que ofereçam experiências positivas a diferentes perfis de consumidores, de zero a 100 anos. Posso dar um exemplo “dentro de casa”: meu time de Customer Experience tem cerca de 90 profissionais, sendo que 50% são mulheres, 12 delas ocupando os 17 cargos de liderança dessa área.

Mas, apesar de pesquisas nacionais e internacionais apontarem o aumento da presença feminina no marketing, ainda há muitos desafios. Um estudo de 2021, do Digital Marketing Institute, apontou que representamos 30% do mercado de marketing digital brasileiro, mas somos apenas 6,5% em cargos de liderança.1

Se olharmos fora do país, na América do Norte, o marketing tem forte representação feminina, com 60% de mulheres. Mais do que isso: elas estão subindo a escada com sucesso, abarcando 53% dos cargos de diretoria ou superiores e 59% das posições gerenciais.

Ainda há um longo caminho a percorrer. E estamos dispostas a isso. É o que mostra outra pesquisa, realizada pela Ana Consulting e McKinsey & Company, quando diz que o marketing aparece em quarto lugar entre as carreiras mais promissoras entre as mulheres.2

Todas essas estatísticas contribuem para a resposta à minha provocação no título deste artigo: sim, avançamos no marketing. Assim como acompanhamos diversas matérias sobre como as mulheres contribuíram para a contenção da pandemia, fazendo jornadas duplas, triplas, quádruplas…. No mundo corporativo, não faltam expoentes femininos deixando suas marcas. Por isso, indico o livro Mulheres do Marketing (Editora Leader, 2018), com 39 histórias inspiradoras de mulheres que contam suas trajetórias e os seus desafios, desde como enfrentaram esse mercado, até objetivos alcançados, sucesso e realizações.

Este é o momento de as empresas tomarem medidas para apoiar suas colaboradoras. As que o fizerem não apenas verão benefícios em termos de contratação e custos, mas também ajudarão a mitigar a espiral retrógrada do progresso da força de trabalho feminina. É claro que ainda há muitos obstáculos a serem superados em todas as áreas, sobretudo no que diz respeito à equidade de gênero no marketing nacional.

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