A incessante busca pela próxima inovação
Empresas precisam focar nas necessidades do mercado antes de se preocuparem com a tecnologia
Empresas precisam focar nas necessidades do mercado antes de se preocuparem com a tecnologia
Meio & Mensagem
18 de dezembro de 2014 - 8h27
(*) Por Kyle Nel, para o Advertising Age
O Vale do Silício é terra dos grandes sonhos, das inovações e dos incontáveis e infrutíferos eventos de relacionamento.
O processo de inovação no Vale do Silício é mais ou menos assim: um grupo de pessoas inteligentes trabalha com um grupo de startups para desenvolver a próxima grande ideia que eles esperam seja uma inovação digna de uma aquisição ou que pelo menos seja um pouco útil.
Os investidores estão na cena em busca da próxima grande ideia para apostarem suas fichas. Finalmente, os inovadores corporativos estão vagando na esperança de encontrar alguém interessante que saiba qual é a próxima grande ideia que poderá mudar o futuro do seu negócio.
Com tantas startups e tecnologias para conhecer, é difícil para as companhias distinguirem uma inovação indicada para seu ramo de atuação de uma que é simplesmente interessante no momento. E não basta saber estruturar um negócio. Sem ter o entendimento de como funcionam as tecnologias e de quais são os competidores do mercado, as empresas correm o risco de investir muito dinheiro muito rápido em um projeto que provavelmente não dará o retorno esperado.
O problema é que os empresários geralmente tem pouca compreensão sobre os problemas enfrentados pelas companhias que eles buscam como parceiros e as grandes empresas não têm experiência em construir e introduzir novas tecnologias.
Como resultado, muitas pessoas estão desenvolvendo as mesmas soluções para os mesmos problemas que podem não atender a uma necessidade do mercado.
Ao mudar essa forma de agir e concentrar a atenção nas necessidades de mercado em primeiro lugar e na tecnologia em um segundo momento, nós podemos criar uma ponte entre o “abismo de como” que existe entre empresários e desenvolvedores do Vale do Silício e de todo o mundo.
Quando parceiros incomuns trabalham lado a lado para criar em conjunto novas soluções com um objetivo único em mente, o engajamento impulsiona a parceria e a tecnologia, e leva os resultados a caminhos jamais pensados no início do projeto.
Na Lowe’s, estamos alavancando a prototipagem de ficção científica, um processo em que nós fornecemos dados de pesquisa de mercado e de tendências para escritores de ficção científica que, em seguida, nos ajudam a imaginar cenários possíveis para os problemas comuns de consumo em forma de quadrinhos.
No entanto, uma coisa é ter isso em mente e outra é transformar em realidade. Por isso, fomos em busca de parceiros incomuns como a Singularity University. Juntos, desenvolvemos coisas com um objetivo definido ao invés de ficarmos procurando coisas legais em primeiro lugar para depois pensar em como encaixá-la na empresa.
Um problema que sabemos que consumidores do mercado de construção enfrentam é o desafio de imaginar um projeto completo e compartilhar essa visão com outros. Através da prototipagem de ficção científica, criamos uma solução que ajuda a colocar os consumidores imersos no quarto dos seus sonhos antes deles gastarem um centavo. O resultado é o Lowe’s Holoroom, um simulador de realidade aumentada introduzido em duas lojas de Toronto em novembro passado.
De startups às cem maiores da Fortune, as companhias estão percebendo que existem melhores maneiras de inovar – embora elas ainda não tenham encontrado uma solução única. Ao se envolver mais no processo de inovação e levar insights e desafios de negócio para as discussões, todo o ecossistema de inovação pode funcionar melhor, de forma mais inteligente e rápida para introduzir novidades que façam a diferença.
Kyle Nel é diretor executivo do Innovation Labs da Lowe’s Home Improvement
Tradução: Fernando Murad
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