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Artistas falam sobre releitura de campanhas publicitárias

L'Oréal convidou Fernando Cazé, Carlos Bobi e Lucas Ururahy para recriarem peças do século passado


1 de dezembro de 2017 - 10h09

 

Com a proposta de se aproximar da arte urbana, a francesa L’Oréal convidou três artistas para cuidarem da releitura de suas campanhas publicitárias do século passado. As peças foram recriadas por Fernando Cazé, Carlos Bobi e Lucas Ururahy. A ideia surgiu depois de uma percepção que Fábio Rosé, diretor de recursos humanos da empresa, teve ao observar obras de grafite instaladas no Armazém Utopia, próximo da Nova Casa no Porto Maravilha, localizado no Rio de Janeiro.

“Tenho me envolvido com a arte urbana carioca. Conheci um trabalho de releituras de peças de Jean-Baptiste Debret que me chamou a atenção. Como já tínhamos várias reproduções de peças antigas da L’Oréal na sede anterior, pensei que seria interessante fazer uma releitura moderna com alguns artistas visuais cariocas, integrando de alguma forma nossa história e a nova história da arte contemporânea do Rio”, diz Rosé. As peças estão expostas na nova sede da empresa, no Rio de Janeiro.

“L’Oreal Teinture inoffensive pour cheveux” 1924.

De acordo com Fernando Cazé, releituras são importantes pelo valor histórico que possuem. “Temos de respeitar esse peso que ela passa. Mas também é muito importante poder levar esse conceito de arte contemporânea aos colaboradores. Eu sinto que agora posso comunicar a eles a relevância da arte de rua na sociedade”, ressalta Cazé.

“No caso dessas releituras para a L’Oréal, busquei misturar esses grafismos com elementos da natureza e características do Rio de Janeiro, como o mar e o calçadão de Copacabana”, conta Lucas Ururahy, explicando seu processo criativo, baseado em referências das matrizes africanas e indígenas. Carlos Bobi afirma que foram meses de conversas e inspiração”, conta Carlos Bobi.

 

Releitura como forma de reposicionamento

Apesar de estarem em contextos diferentes, releituras funcionam como forma de linguagem em muitos casos. Em março, por exemplo, a Skol utilizou o formato para apresentar um reposicionamento e assumir “erros do passado. Em uma postagem durante o Dia Internacional da Mulher, a marca decidiu assumir publicamente que, por muito tempo, não tratou – nem representou as mulheres – em suas campanhas da forma devida.

“O que a sociedade espera hoje, em âmbito geral, é a verdade, tanto por parte dos políticos, quanto das empresas e também das próprias pessoas. Acreditamos que esse era o momento ideal para fazer essa análise e mostrar ao público que erramos, sim, mas que esse pensamento já faz parte do passado”, disse na época Theo Rocha, diretor de criação da F/Nazca, agência de publicidade da Skol.

Para realizar esse trabalho, a F/Nazca S&S buscou mulheres engajadas em questões feministas e que pudessem compartilhar das visões atuais da Skol a respeito da diversidade e da sociedade. Foram escolhidas as artistas Eva Uviedo, Elisa Arruda, Carol Rosseti, Camila do Rosário, Manuela Eichner, Tainá Criola, Sirlaney Nogueira e Evelyn Queiroz, a Negahamburguer. O resultado deu origem a uma série de anúncios.

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