As pedaladas da Shimano para crescer no Brasil

Meio & Mensagem
22 de fevereiro de 2012 - 5h10

Por Laís Peterlini

Uma pesquisa anual realizada em São Paulo e no Rio de Janeiro pela Sport Track, empresa de consultoria de inteligência de mercado em esportes, apontou que o ciclismo foi, em 2011, o terceiro esporte mais praticado nessas cidades. Tais números refletem o potencial para os produtos relacionados à modalidade no País e chamam a atenção de gigantes globais que atuam no segmento, como a japonesa Shimano.
A fabricante de peças é uma das principais marcas do ciclismo e responde por aproximadamente 70% do mercado mundial de peças para bicicletas. A expansão internacional passa pelas operações na América Latina, que renderam um faturamento de US$ 45 milhões para a empresa em 2010. A meta é dobrar estes valores nos próximos cinco anos – e o Brasil é peça-chave nesse planejamento.
Para aproximar o consumidor brasileiro da marca japonesa e, com isso, impulsionar as vendas, a Shimano investe em patrocínio a atletas e equipes profissionais e na realização de eventos esportivos – são aproximadamente quarenta por ano, como o Shimano Fest, o Shimano BMX Futuro (para crianças) e o GP Internacional de Triathlo.
A estratégia inclui também um trabalho de trade marketing, com o objetivo de aumentar a presença da marca e melhorar a exposição dos produtos, e a ampliação do portfólio. Apesar de não fabricar seus produtos no País, a marca pretende aumentar a oferta de peças mais sofisticadas e de alto valor agregado no mercado brasileiro, como o Shimano Nexus, um cubo de marcha interna que permite ao ciclista mudar de marcha sem estar em movimento.

Social em duas rodas
Além dos novos produtos e dos eventos, a Shimano investe em ações sociais e iniciativas de sustentabilidade. “Em 2004, a empresa criou o Shimano Green Plan (SGP) para promover a produção de seus produtos com o menor impacto ambiental possível. Paralelamente, participamos de atividades que visam melhoria ambiental, como a campanha de limpeza do rio Yamato, no Japão, realizada desde 2001”, destaca o analista de marketing da Shimano Latin America, Pierre Couto.
Entre os projetos sociais que a empresa atua no Brasil estão o Projeto Pedala Zezinho, com atividades gratuitas como oficinas e restauro de bicicletas, e o Curso de Mecânica Básica, para jovens moradores de comunidades pacificadas do Rio de Janeiro, oferecido em paralelo ao evento Circuito XC de Favelas, que levou o asfalto para o morro por meio de competições de Mountain Bike. “Um projeto social representa a oportunidade de aproximação entre a empresa e um público teoricamente distante. Para a empresa, o retorno vai além do institucional”, completa Couto.