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Brasil chega a 20 milhões de carros Flex

A marca na produção de veículos bicombustíveis etanol-gasolina foi atingida em 28 de junho; hoje, eles são 87% das unidades vendidas


4 de julho de 2013 - 3h59

Junto às divulgações dos dados de produção e licenciamento de veículos relativos ao mês de junho, nesta quinta-feira 4, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), destacou a marca de 20 milhões de carros Flex produzidos no Brasil.

O feito aconteceu dia 28 de junho, mas a história do etanol começou na década de 70, com o programa Pró-Álcool. A adoção do sistema bicombustível veio bem mais tarde, em 2003, sendo a Volkswagen a primeira montadora a lançar um modelo Flex no mercado nacional.

Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, destacou os reflexos positivos da tecnologia sobre o setor e o fato de que ela no Brasil permite a mistura etanol-gasolina em qualquer proporção (ao contrário de países que afirmam ter o sistema flex, mas é preciso praticamente esgotar o tanque com um deles para poder utilizar o outro combustível).

Em 2003, quando foi lançado, o sistema bicombustível já respondeu por 3% nas vendas, no ano seguinte o percentual saltou para 22%. Ano passado, essa participação nas vendas ficou em 87%.

Mas a nova fronteira no que diz respeito à eficiência energética e sustentabilidade no setor automotivo ainda enfrenta grandes barreiras no Brasil. Moan afirmou que apresentará amanhã ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – Fernando Pimentel – “a primeira missão impossível vencida pela nova gestão da Anfavea”: o consenso em torno de uma política sobre veículos elétricos e híbridos.

O executivo não quis antecipar qualquer ponto do que seja essa política, mas afirmou que entre pleitear a redução de tributos para importar tais veículos e brigar pela produção nacional, o papel da Anfavea é este último.

Números do setor

No mês de junho, o Brasil licenciou 318,6 mil veículos, o que tornou a data o segundo melhor mês de junho para o setor automobilístico (atrás somente do volume atingido em 2011). Mas o crescimento sobre maio foi de 1% e comparado a junho de 2012 houve redução do volume de vendas. A queda era esperada, uma vez que durante os meses de junho a agosto de 2012 estava em vigor a política de redução do IPI, elevando as vendas.

Já a produção de 321 mil unidades representou queda nominal de 7,8% em relação a maio. Mesmo assim, o número é 15,5% maior frente a junho de 2012. No acumulado do primeiro semestre, a produção de 1,86 milhão de unidades foi 18% superior ao período equivalente de 2012. De acordo com o presidente da Anfavea, o melhor primeiro semestre de toda a história de produção do setor no País.

A instituição garante que o plano de investimento de R$ 71 bilhões até 2017 no País será mantido.

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