Coca-Cola: R$ 5 mi na inclusão de afro-brasileiros
Empresa anuncia investimento em projetos de inclusão socioeconômica beneficiando 100 mil pessoas em três anos
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Teresa Levin
14 de janeiro de 2014 - 3h53
A Coca-Cola Brasil e a Coca-Cola Foundation, braço social da Coca-Cola mundial, anunciaram nesta terça-feira, 14, no Rio, o investimento de R$ 5 milhões (US$ 2,1 milhões) em projetos de inclusão socioeconômica de afro-brasileiros. A iniciativa visa beneficiar 100 mil pessoas nos próximos três anos através de parcerias com trabalhos que já são desenvolvidos em vários cantos do país.
“Estamos cientes que este é o primeiro passo em uma longa caminhada. Tomara que seja contagioso para que outras empresas entendam a enorme responsabilidade nossa e o papel que o setor privado tem nesta nova organização”, comentou Xiemar Zarazúa, presidente da Coca-Cola Brasil. Já Lisa M. Borders, presidente da Coca-Cola Foundation, apontou que o Brasil é uma das nações mais miscigenadas do mundo. “Ainda assim, existem profundas disparidades de renda, educação e emprego. Acreditamos que nosso financiamento vai ajudar a mudar o destino econômico de centenas, se não milhares, de estudantes afro-brasileiros que buscam uma educação melhor”, refletiu.
A coletiva de imprensa realizada na sede da empresa contou com a participação do ativista de direitos civis americano Joe Beasley, que colaborou com a empresa na elaboração deste financiamento. Além dele, estiveram presentes representantes de diversas entidades afro-brasileiras, como o Instituto Cultural Steve Biko, de Salvador, e o Voz da Comunidade, do Rio. Este último, que edita um jornal no Complexo do Alemão, terá sua sede restaurada através deste apoio da Coca-Cola após um incêndio que destruiu o espaço no ano passado.
O investimento divulgado agora tem foco em educação, cultura e comunidade. 

Entre as iniciativas está a criação do Coletivo Conexão, nova modalidade da plataforma Coletivo Coca-Cola, que vai desenvolver habilidades audiovisuais e fomentar novas formas de comunicação em comunidades de baixa renda. Desde 2009, o Coletivo Coca-Cola impacta positivamente na geração de renda e valorização da autoestima a partir de treinamento técnico, empoderamento comunitário e acesso ao mercado. Hoje ele tem mais de 550 unidades implantadas pelo Brasil, em locais que vão de centros urbanos à Floresta Amazônica, em sete diferentes modalidades.
"É inspirador saber que podemos usar nosso negócio para melhorar a vida de milhares de brasileiros. Até hoje, o Coletivo já possibilitou o desenvolvimento de oportunidades para mais de 70 mil pessoas. Com esse novo investimento, vamos ampliar nosso alcance e parcerias nas comunidades. Essa é uma caminhada para fazer a diferença na proporção necessária para um país com o tamanho e a importância do Brasil”, completou o presidente da Coca-Cola Brasil.
Apesar de formalizar este aporte agora, a empresa já apoia no País uma série de projetos voltados para a inclusão da população afrodescendente desde 2005. Este incentivo já se dava através de ações realizadas pela Afrobras, organização que trabalha pela inserção socioeconômica, cultural e educacional dos jovens negros brasileiros. Ela mantém a Faculdade Zumbi dos Palmares, única universidade negra da América Latina, e realiza o Troféu Raça Negra, ícone da identidade afro-brasileira.

 Além dos projetos citados, a verba da Coca-Cola beneficiará inciativas como a Feira Preta (SP), o Instituto Mídia Étnica (BA) e a ONG Ser–Alzira de Aleluia (RJ).
O ativista Joe Beasley classificou a iniciativa como inovadora. “Esperamos que, em um futuro próximo, outras empresas se inspirem a se envolver no apoio de programas em prol dos afrodescendentes no País”, concluiu.
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