Da marca ao mercado, a queda da Petrobras
Em meio aos escândalos de corrupção, companhia perde para o Itaú Unibanco o segundo lugar dentre as empresas com maior valor na Bolsa
Em meio aos escândalos de corrupção, companhia perde para o Itaú Unibanco o segundo lugar dentre as empresas com maior valor na Bolsa
Meio & Mensagem
17 de novembro de 2014 - 5h37
Dois anos após perder para a Ambev o posto de empresa brasileira com o maior valor de mercado, a Petrobras foi superada também pelo Itaú Unibanco. De acordo com informações da consultoria Economatica, na sexta-feira 14 a companhia petrolífera fechou o pregão da Bolsa de Valores valendo R$ 169 bilhões, enquanto a instituição financeira chegou aos R$ 182 bilhões.
A primeira colocação segue com a Ambev, que tem valor de mercado de R$ 248 bilhões.
Com a empresa envolta em sucessivos escândalos de corrupção, as ações da Petrobras tiveram um recuo de 20% em seu preço ao longo de 2014. Na quinta-feira 13, a auditora Price WaterhouseCoopers (PwC) informou que não daria o seu aval para o relatório financeiro do terceiro semestre de 2014, uma vez que a empresa não concluiu suas investigações internas sobre as denúncias. A divulgação do balanço foi adiada para dezembro, ainda sem uma data confirmada.
Nesta segunda-feira 17, a presidente da companhia, Graça Foster, anunciou a criação de uma diretoria de governança como parte das medidas para melhorar a gestão da companhia.
O péssimo momento da companhia reflete também no valor de marca da petrolífera. No mais recente ranking Marcas Brasileiras mais Valiosas, elaborado pela Interbrand e publicado em novembro de 2013, o valor da marca Petrobras recuou 18% em um ano, e foi avaliada em R$ 8,73 bilhões.
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