Google mira ad techs com serviços de nuvem
Plataforma busca conquistar espaço no ambiente dominado pela Amazon em contrato de três anos com OpenX. Valor da transação chega a US$ 110 milhões
Plataforma busca conquistar espaço no ambiente dominado pela Amazon em contrato de três anos com OpenX. Valor da transação chega a US$ 110 milhões
Do Advertising Age
Já é senso comum nos círculos de ad techs que o AWS, da Amazon, é o serviço de nuvem dominante entre as companhias que trabalham com tecnologia em publicidade. Mas o Google Cloud está buscando alcançar sobre o rival com suas ofertas.
Apesar de a atuação do Google no segmento de ad techs ser robusta, sua oferta de armazenamento em nuvem atualmente não tem quase nenhuma penetração no setor. Nessa quinta-feira, 24, entretanto, a empresa conseguiu conquistar um contrato de cinco anos com a rede de veiculação de anúncios OpenX. A ad tech pagará US$ 110 milhões à plataforma.
“Estamos dizendo que é hora de fazermos uma mudança radical que possa nos dar a possibilidade de oferecer mais benefícios a publishers e profissionais de marketing a inovar de forma agressiva; precisamos acelerar o passo e realizar melhoramentos certeiros, e essa é nossa meta para o ano”, afirma Tim Cadogan, CEO da OpenX.
Entre as grandes empresas de ad tech, muitas usam servidores próprios e só atuam com serviços de nuvem em eventos em que há uma necessidade maior de tráfego ou para melhorar a interface com o usuário final, por exemplo. Mas a OpenX está apostando todas as fichas no Google, colocando toda sua operação na nuvem.
Porque isso importa
A notícia é significante em diversas frentes: muitas empresas de ad tech acreditam que ter seus próprios servidores permite uma infraestrutura mais afinada, além de oferecer mais velocidade – o que, muitas vezes, se traduz em mais dinheiro. Mas esse tipo de mentalidade já foi superada, afirma Paul Ryan, chief technology officer da OpenX.
“Acreditávamos exatamente nisso”, afirma Ryan. “Mas não estávamos olhando a realidade. A capacidade da nuvem mudou nos últimos 18 meses e pessoas ainda não entenderam isso rápido o suficiente”. Ele ainda afirma que “a ideia de que uma empresa média com centenas de engenheiros podem competir com esses gigantes de tecnologia chega a ser engraçada”.
Apesar de a OpenX dizer que é lucrativa, ela demitiu cerca de 100 pessoas no mês passado. Antes, a empresa dedicava cerca de 25% de sua equipe para manter seus 15.000 servidores. Agora, esses empregados devem ocupar sua atenção com inovação em melhores ferramentas de targeting para profissionais de marketing usando machine learning, afirma a OpenX. A empresa acredita que, agora, também será possível expandir para regiões como Ásia ou Austrália de forma mais rápida, já que a nuvem do Google torna desnecessária a instalação de servidores nesses lugares.
“Agora podemos inovar em uma taxa que cresce cada vez mais”, afirma Cadogan. “Estamos ultrapassando transações básicas de programática com mais insights e conhecimento sobre o consumidor para que o profissional de marketing possa achar um planejamento mais assertivo. E o Google Cloud é a ferramenta que nos permite isso”.
O AWS é o maior provedor de serviços de nuvem, e gerou receitas de US$ 6,7 bilhões no último trimestre. Em comparação, o Google Cloud afirmou em fevereiro do ano passado que gera US$ 1 bilhão por trimestre.
Compartilhe
Veja também
Prefeitura de São Paulo interrompe projeto do “Largo da Batata Ruffles”
Administração Municipal avaliou que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana precisa dar um parecer sobre o projeto; PepsiCo, dona da marca, diz que parceria é de cooperação e doação e não um acordo de naming rights
Natal e panetones: como as marcas buscam diferenciação?
Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros