Spin: como a Heineken quer integrar sustentabilidade ao modelo de negócio
Grupo anunciou o projeto Spin, unidade de negócios voltada para a sustentabilidade em pilares como energia renovável, agricultura regenerativa e reciclagem de embalagens
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Giovana Oréfice
26 de junho de 2024 - 11h43
*Atualizada às 14h22
Do topo da roda Rico, no Parque Cândido Portinari, em São Paulo, o Grupo Heineken vislumbra um futuro otimista para o meio ambiente e para a sociedade. A atração corrobora de forma pertinente com seu novo projeto, Spin, unidade de negócios voltada para a sustentabilidade.
A iniciativa, que conta com parceiros como Central única das Favelas (CUFA), Ambipar e Rizoma Rio, conta com investimentos que já a R$ 150 milhões para financiar projetos de ESG em quatro pilares principais: energia renovável, agricultura regenerativa, reciclagem de embalagens e parcerias com marcas de impacto na agenda.
“Não vamos crescer a qualquer custo, mas de uma maneira diferente e verdadeiramente sustentável”, explicou Mauricio Giamellaro, CEO da Heineken no Brasil, em evento realizado na manhã desta quarta-feira, 26, em São Paulo, para expor o projeto. “Para problemas coletivos precisamos estar juntos, é tudo sobre colaboração”, complementou.
Os quatro pilares foram estabelecidos com base nos principais desafios da emergência climática no mundo. Os três primeiros são os principais ofensores para busca de soluções que evoluam em termos de viabilidade, apontou Mauro Homem, VP de sustentabilidade e relações governamentais da Heineken no Brasil.
O Grupo ressalta que é possível fazer negócios de uma forma diferente no ciclo virtuoso da vida e do ambiente, sendo agente transformador da mudança ao desenvolver e e incorporar propósito na geração de novos modelos de negócio. O mote do projeto, e que deverá sustentar as ações da companhia para os próximos anos, é fazer a roda dos negócios girar de uma maneira diferente, contribuindo para uma nova perspectiva do capitalismo e gerando prosperidade tanto para os negócios, como para o planeta.
E a sustentabilidade já chega ao plano de comunicação da Heineken. Em campanha lançada hoje para a marca, o Grupo reforça o fato de que a cerveja é produzida a partir de energia verde — parte dos esforços da organização com a transição energética junto a parceiros como Raízen e Ultragaz.
Atualmente, a Heineken já conta com 40 mil contatos assinados no projeto Energia Verde. A meta é que, até 2030, 50% dos restaurantes e bares sejam potencializados com a geração distribuída de energia. Ademais, em âmbito global, a Heineken tem também como meta ser net zero em toda a sua cadeia de valor até 2040.
O anúncio segue a filosofia da companhia de integrar propósito em cada marca de seu portfólio. Na frente de marketing, as parcerias potencializam o legado das mais de 20 marcas de impacto do Grupo.
Junto à Better Drinks, a qual o Grupo já é parceiro de distribuição e agora firma parceria mais próxima como sócia minoritária, a Heineken traz novas marcas ao seu portfólio, como Mamba Waters, Cerveja Praya e o energético a base de chá mate Baer-Mate. Todas contam com algum valor e propósito relacionado ao ESG: a Better Drinks é uma B Corp, certificação que comprova o comprometimento com aspectos sociais, ambientais e de transparência.
Com a sociedade, a expectativa é de faturar R$ 50 milhões anuais. Segundo executivos das empresas, o modelo permite expandir o portfólio da Heineken de forma mais sustentável, inclusive, em termos tecnológicos e financeiros, conforme pontuou Homem.
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