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Hypermarcas conduz a criacao da Bionovis

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Hypermarcas conduz a criacao da Bionovis

Joint venture firmada com Aché, EMS e União Química faz da Bionovis a principal aposta na disputa pelo mercado de medicamentos biológicos


26 de abril de 2012 - 8h40

O Brasil pode fortalecer a sua posição na disputa pelo mercado de medicamentos biológicos com a Bionovis, laboratório brasileiro formado por uma joint venture entre a Hypermarcas, Aché, EMS e União Química, que acaba de ter a sua criação confirmada. De acordo com informações publicadas na edição dessa segunda-feira, 26, pelo jornal Valor Econômico, a operação terá um investimento inicial da ordem de R$ 500 milhões nos próximos cinco anos, capitaneado pela Hypermarcas, dona de 25% do capital da empresa.

Considerada como a “superfarmacêutica brasileira”, a Bionovis deve contar também com o apoio do BNDESPar, braço de participações do BNDES. A expectativa é que a companhia comece a funcionar em 2013, com laboratório erguido no Rio de Janeiro, Bahia ou em Santa Catarina. Entre os possíveis nomes levantados para conduzir a operação está Odnir Finotti, presidente da Pró Genéricos.

O core business da Bionovis será a produção de medicamentos biológicos, setor que concentra hoje os maiores investimentos dedicados à inovação pelos principais players mundiais da indústria farmacêutica.

Perspectiva
A compra de laboratórios de pequeno e médio porte, além de licenças de medicamentos e a criação de novas fábricas devem ditar os rumos do setor em 2012. A previsão é que a indústria farmacêutica cresça, mas sem repetir a mesma performance registrada nos últimos cinco anos, período na qual o segmento avançou o dobro do PIB nacional. De acordo com informações da Sindusfarma (Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo), os laboratórios devem concentrar seus negócios nos medicamentos genéricos, que respondem por aproximadamente 25% do faturamento das farmacêuticas.

As vendas de medicamentos genéricos cresceram 32% em 2011, o equivalente à comercialização de 581 milhões de itens. Em receita, a alta foi de 41%, para R$ 8,7 bilhões. O desempenho eleva o market share dos genéricos de 17,6% em 2010 para 22,3% em 2011. A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) estima que essa representatividade pule de 25% neste ano para 35% até 2015, índice ainda inferior à participação de 60% do segmento nos mercados da Europa e Estados Unidos.

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