J&F aumenta o seu vigor em lácteos

A Vigor, controlada pela holding J&F, da família Batista, de Goiás, compra a mineira Itambé por R$ 410 milhões e segue rumo à liderança do setor de lácteos

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Meio & Mensagem
22 de fevereiro de 2013 - 8h55

A família Batista, dona da holding J&F, que controla também a maior processadora de carnes do mundo, o frigorífico JBS, reforça a presença da sua marca de laticínios, a Vigor, com a compra de 50% da mineira Itambé, pertencente à Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) e uma das cinco maiores produtoras de leite do País. Avaliado em R$ 410 milhões, o negócio posiciona a Vigor rumo à liderança do segmento, com faturamento da ordem de R$ 5 bilhões dentro de cinco a dez anos (o triplo do atual), meta perseguida desde que a companhia presidida por Gilberto Xandó abriu o seu capital.

O acordo, que ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), prevê a presença de Jacques Gontijo, presidente da Itambé, no conselho de administração da Vigor. Já o novo presidente do laticínio mineiro, fundado em 1944, será definido pelos novos sócios. Nos três primeiros trimestres de 2012, a Vigor somou lucro líquido de R$ 24 milhões. Hoje, a marca é a décima primeira captadora de leite do país, com cerca de 215 mil litros de leite recebidos em 2010, vindos de mais de 1,3 mil produtores.

Apesar de mais robusta – com a captação de 1,1 bilhão de litros de leite proveniente de 9,4 mil pecuaristas e um portfólio de 150 produtos, entre leites, requeijão, manteiga, iogurtes e doces – a operação da Itambé, cujo faturamento é estimado em R$ 2 bilhões, acumula uma dívida provocada principalmente por boatos envolvendo fusões no setor. Com a Vigor, a expectativa é que a dívida da Itambé apresente queda de 5,3 para 1,3 vezes a sua geração de caixa.

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