Louis Vuitton comete gafe na Rússia
Poder público remove mala de viagem gigante da marca que havia sido instalada próximo ao mausoléu de Lênin, na Praça Vermelha
Poder público remove mala de viagem gigante da marca que havia sido instalada próximo ao mausoléu de Lênin, na Praça Vermelha
Roseani Rocha
28 de novembro de 2013 - 8h30
Uma enorme mala de viagem marrom, replicando em proporções agigantadas os tradicionais produtos da marca Louis Vuitton, teve de ser removida da Praça Vermelha, em Moscou nesta quarta-feira, 27, segundo o jornal The Huffington Post.
A iniciativa da marca, que pertence ao luxuoso grupo LVMH, com o objeto repousando bem ao lado do mausoléu do líder bolchevique Vladimir Lênin não agradou a população e, depois, as autoridades do país. Nem o fato de a mala carregar, além da assinatura da Louis Vuitton, a bandeira russa comoveu a administração presidencial.
A instalação era parte de uma mostra temporária denominada “A alma das viagens”, organizada pela loja de departamentos GUM, de Moscou. Sergey Obukhov, membro do Comitê Central do Partido Comunista, disse ao Wall Street Journal, que aquele era um lugar sagrado para o Estado russo e “há símbolos que não podem ser banalizados ou denegridos”.
Em comunicado, a Louis Vuitton afirmou que a mala em si reverenciava a história russa, pois era inspirada em uma que pertencera ao príncipe Wladimir Orloff e, por isso, até continha as iniciais dele. E a própria exibição também estaria atrelada à Rússia, pois integrava uma campanha de seis semanas para angariar recursos à Naked Heart Foundation, entidade filantrópica que ajuda crianças. A instituição tem à frente a supermodelo Natalia Vodianova, que o Huff Post lembrou ser namorada de Bernard Arnault, chairman e CEO do LVMH.
A GUM assegurou ter recebido, antes da instalação da mala gigante no local, permissão total do Governo para tal.
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