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Mercado Livre e Feira Preta lançam coleção para celebrar afroblocos

Ação convida três marcas parceiras da Feira Preta para resgatar a origem do abadá, elemento ancestral da cultura preta, e apoiar financeiramente três afroblocos que deixaram de desfilar


10 de fevereiro de 2023 - 19h12

Coleção abadas afroblocos

Coleção foi inspirada nos blocos Afoxé Maxambomba, Tafaraogi e Olodumaré (Créditos: Divulgação)

O Mercado Livre em parceria com a Feira Preta lança uma coleção especial de Carnaval para apoiar o afroempreendedorismo e celebrar os afroblocos.

Para a ‘Coleção Abadá’, a plataforma convidou as marcas Nazura Art, Casa Cléo, e Studio Aurum, integrantes da feira, para desenvolverem peças que, inspiradas nos afroblocos, resgatam a origem do abadá e valorizam a ancestralidade da cultura preta no Carnaval. 

A coleção conta com nove peças e estará disponíveis na loja da Feira Preta no Mercado Livre. Além disso, terá também as vendas revertidas para as próprias marcas e para o Instituto Feira Preta. 

Apoio ao Carnaval negro

Do mesmo modo, a marca decidiu também apoiar financeiramente três blocos que deixaram de desfilar em 2023, permitindo se reestruturem ao longo deste ano e que voltem a desfilar pelas ruas do Rio de Janeiro em 2024.

Através de um processo que considerou a história e viabilidade dos afroblocos, foram selecionados três: o Afoxé Maxambomba, um dos mais notáveis da baixada fluminense e que está inativo desde 2015; o Tafaraogi, movimento afro pioneiro na zona oeste carioca, cujo último desfile também foi há oito anos., e e o bloco Olodumaré, que tem influência do baiano Olodum, e que não desfila desde 2019.

Foram esses blocos que inspiraram as peças das marcas que assinam a Coleção Abadá. O projeto contou ainda com a ajuda de pesquisadores para identificar e celebrar a origem e símbolos dessa cultura através da moda. 

“A essência do Carnaval está associada à ideia de democracia, de liberdade e de ocupação dos espaços pela diversidade. E é com esse propósito que o Mercado Livre abre alas para que empreendedores e afroblocos tenham seu lugar de destaque e de direito”, diz Laura Motta, gerente sênior de Sustentabilidade do Mercado Livre. 

Campanha ‘Coleção Abadá’

Como resultado, Mercado Livre e Feira Preta lançaram uma campanha assinada pela GUT São Paulo. Composta por vídeos com as marcas responsáveis pela Coleção Abadá, a campanha ajuda a construir a narrativa da valorização dos afroblocos, aumentando a visibilidade. 

“O abadá é um dos símbolos do carnaval brasileiro. Mas o que pouca gente sabe é de onde ele vem: uma vestimenta de origem negra, trazida pelo povo Malê. Enquanto o abadá virava símbolo de um carnaval cada vez mais branco e elitizado, vários afroblocos, que ajudaram a moldar a festa como ela é, ficaram pelo caminho por falta de recursos”, explica Erick Willmer, diretor de arte da GUT São Paulo. 

“Além de impulsionar as causas nas quais acreditamos, sempre com o apoio dos nossos parceiros e comunidade interna, as nossas campanhas têm nos ajudado a seguir uma trajetória consistente de aprendizado, permitindo enfrentar de maneira coletiva os desafios à equidade racial, que sabemos que são complexos”, reconhece Thais Souza Nicolau, diretora de Branding do Mercado Livre na América Latina.  

Apoio ao afroempreendedorismo 

Desde 2018, o Mercado Livre é parceiro da PretaHub com o objetivo de impulsiona o afroempreendedorismo no Brasil. Através da parceria a marca apoia os conteúdos do Afrolab, programa que apoia e acelera empreendedores negros, indígenas e quilombolas, da criação a comercialização dos produtos e serviços.

Além disso, há mais de um ano, a companhia conta com uma loja oficial da Feira Preta, que reúne mais de 1.000 produtos de moda, beleza e decoração de 70 empreendedores curados diretamente pelo festival.  

“Estamos felizes em ser parceiros do Mercado Livre em mais um projeto que valoriza o legado da população negra. A coleção não só valoriza os afroblocos, mas também o legado do povo negro na construção do carnaval. Essa é uma manifestação cultural e popular de muita riqueza, de resistência do povo preto e de celebração da nossa ancestralidade. Deve ser visto como tal. Desde que o carnaval passou a ser visto como um grande projeto comercial, a população negra deixou de ser protagonista e passou a ocupar os bastidores”, contextualiza Adriana Barbosa, CEO da Pretahub.

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