Moda Livre avalia ética de marcas de roupa
Aplicativo lançado pela Repórter Brasil mostra empresas da indústria têxtil envolvidas em acusações de mão de obra escrava
Aplicativo lançado pela Repórter Brasil mostra empresas da indústria têxtil envolvidas em acusações de mão de obra escrava
Meio & Mensagem
13 de dezembro de 2013 - 9h13
A Repórter Brasil, referência nacional na defesa dos direitos humanos, lançou nessa última quarta-feira, 11, o Moda Livre, que avalia a conduta dos principais grupos da indústria têxtil do País quanto ao uso de mão de obra escrava. O lançamento do aplicativo, disponível gratuitamente para smartphones com sistema operacional iOS ou Android, ocorre na semana do 65º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A ferramenta visa ser útil para o consumidor que deseja fazer as compras de Natal.
Para combater o trabalho escravo, as empresas foram convidadas a responder um questionário sobre seu histórico. De acordo com as respostas, a entidade montou categorias de cores para classificá-las. Vermelho indica que a companhia pode ter se negado a responder ou não faz nada para reverter essa realidade. Amarelo é um estado de alerta, que mostra que a empresa esteve envolvida com esse tipo de trabalho no passado, porém hoje tem projetos contra isso. E verde relaciona quem não tem nenhum envolvimento.
Além das grandes marcas do mercado, foram incluídas ainda empresas envolvidas em casos de trabalho escravo flagrados por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego. O Repórter Brasil, junto com o design digital da PiU Comunica, demorou seis meses para desenvolver o aplicativo de compra consciente, cuja meta é disponibilizar as ações que as principais varejistas de roupas tomam a fim de evitar que as peças vendidas em suas lojas sejam produzidas por mão de obra escrava.
O questionário foi baseado em quatro indicadores:
– Políticas: sobre os compromissos assumidos pelas companhias para combater o trabalho escravo em sua cadeia de fornecimento;
– Monitoramento: com medidas adotadas para fiscalizar seus fornecedores;
– Transparência, que mostra ações para comunicar aos clientes o que fazem para monitorar fornecedores e combater o trabalho escravo;
– Histórico, um resumo do envolvimento dessas empresas em casos de trabalho escravo, segundo o Governo.
O Moda Livre, destaca a Repórter Brasil, não recomenda que o consumidor compre ou deixe de comprar certas marcas, apenas oferece informações para que faça uma escolha consciente.
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