O mercado de luxo entre as brasileiras
Qualibest divulga resultados das pesquisas com a rede La Clé, que reúne consumidoras de alta renda e revela que elas não vivem somente de glamour
Qualibest divulga resultados das pesquisas com a rede La Clé, que reúne consumidoras de alta renda e revela que elas não vivem somente de glamour
Roseani Rocha
13 de abril de 2013 - 2h49
O Instituto Qualibest divulgou nesta quarta-feira 13 um compilado dos resultados de estudos que vem fazendo há oito meses junto ao público feminino de alta renda.
A rede La Clé (A Chave) reúne quase 1.000 mulheres que residem na cidade de São Paulo com renda familiar igual ou superior a R$ 30 mil – apesar de uma descentralização incipiente, São Paulo ainda representa cerca de 70% das vendas do mercado do luxo. As participantes dedicam parte de seu tempo respondendo às pesquisas do Instituto, via internet, e o dinheiro/presente que receberiam por isso é dirigido a instituições beneficentes.
Resultados
Quinzenalmente, essas mulheres gastam cerca de R$ 3.500 com roupas e 92% utilizam um cartão de crédito premium. A maioria tem idade em torno de 42 anos. Mas ao contrário do que se pensa sobre mulheres de alta renda – que não trabalham e vivem do shopping para a yoga/academia de ginástica – 47% delas exercem atividade remunerada, com média de sete horas de trabalho por dia.
Além disso, suas compras não se restringem a viagens feitas ao exterior: 95% disseram fazer compras pela internet em sites brasileiros, especialmente nas categorias ingressos, livros, eletrodomésticos, passagens aéreas e mesmo roupas.
Avaliando consumo em diversas frentes, um dado que chamou atenção foi o fato de o icônico Chanel N° 5 não ser mais o perfume preferido das abastadas, mas sim o Chance, da mesma grife. Já categorias como xampu não fidelizam clientes, mesmo nesse extrato social. Rímel, batom e corretivo são, pela ordem, os três primeiros itens “indispensáveis” na bolsinha de maquiagem das “mulheres La Clé”.
Muitas delas (45%) não têm preferência por shopping ou lojas de rua, desde que essa rua não seja uma 25 de Março. No atendimento em uma loja, a principal reclamação (43%) ficou com “vendedoras que grudam”. Em relação aos métodos de comunicação pós-venda, os que mais incomodam são telefonemas (91%) e torpedos (59%).
Futebol
Outra curiosidade da análise: elas também gostam de futebol. E neste campo, o time que predomina entre as consumidoras do luxo é o São Paulo Futebol Clube, com 51% das menções, contra 29% do Corinthians, 8% do Palmeiras e 7% do Santos.
Compartilhe
Veja também
Prefeitura de São Paulo interrompe projeto do “Largo da Batata Ruffles”
Administração Municipal avaliou que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana precisa dar um parecer sobre o projeto; PepsiCo, dona da marca, diz que parceria é de cooperação e doação e não um acordo de naming rights
Natal e panetones: como as marcas buscam diferenciação?
Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros