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O que acontece quando 60 mil pessoas se juntam para falar de mobilidade?

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O que acontece quando 60 mil pessoas se juntam para falar de mobilidade?


29 de fevereiro de 2012 - 2h04

*Por Marcelo Castelo

A primeira conclusão que tiro desses 2 primeiros dias do Mobile World Congress é de que o mercado de mobile é tão dinâmico que fica muito fácil novas tendências surgirem e desaparecerem. Veja o caso da Realidade Aumentada. No passado, havia debates, números, palestras, demonstração de novas tecnologias etc. Este ano, praticamente nada. E estou de acordo, pois você conhece alguém que já usou ou usa frequentemente Realidade Aumentada? Agora, imagine a grande população brasileira que não tem um iPhone ou um Android de última geração na mão…

Sim, esse é o tipo de tecnologia que, ao ser usada por uma marca, o gerente de produto do anunciante precisa ter claro na cabeça que está fazendo apenas um projeto de inovação e que, se ele chegar a 1 mil pessoas usando aquele aplicativo fantástico criado pela agência dele, esse número já será uma grande marca.

A segunda conclusão diz respeito à explosão do m-commerce. O eBay chegou em US$ 5 bilhões de faturamento em 2011 gerados única e exclusivamente por um dispositivo móvel. E, em 2012, a previsão é de US$ 8 bilhões. Esses números mostram como as pessoas não se importam em comprar um device móvel, desde que a experiência de uso no celular seja boa. Fazendo um paralelo com os e-commerces brasileiros, quantos já fizeram o seu site móvel? Quantas vendas são perdidas todos os dias por pessoas que tentam fazer uma compra pelo celular naquele site que ela já confia e não consegue?

A terceira grande conclusão é a de que tudo − absolutamente tudo − que importa um dia estará conectado. Vários exemplos foram dados aqui, e um dos mais interessantes e controversos foi a palestra do CEO da Ford falando que, em 2050, não teremos mais congestionamentos no mundo (acho que ele não conhece São Paulo :). Todos os carros estarão conectados e, portanto, na hora em que você sair de casa, ou melhor, antes de sair de casa, você vai conseguir ver todas as rotas até o seu destino, com o trânsito real naquele momento e qual a alternativa mais rápida.

Parece utopia, mas eu acredito nisso (na conexão dos carros, não no fim dos congestionamentos). Um "chip de celular" tem um preço insignificante em relação ao preço do carro, e o custo da conexão vem caindo (veja os planos das operadoras de celular, que cobram R$ 0,50 por uma navegação ilimitada por 24 horas). Imagine a infinidade de novas tecnologias e possibilidades que serão criadas nos próximos anos…

Hoje e amanhã haverá mais palestras, reuniões e papos informais, que geram uma série de novos insights. Na sexta, eu volto aqui com um apanhado geral e novos assuntos, como Mobile Advertising, NFC, Localização etc.

*Marcelo Castelo, sócio e head de mobilidade e plataformas emergentes da F.biz
Twitter: @mcastelo

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