Opinião: The more I see, the less I know
O nível de investimento em pesquisas e a quantidade de fóruns sobre wearable technologies que acontecem atualmente na Ásia, na Europa e nos EUA nos mostram qual é o próximo grande passo
O nível de investimento em pesquisas e a quantidade de fóruns sobre wearable technologies que acontecem atualmente na Ásia, na Europa e nos EUA nos mostram qual é o próximo grande passo
Meio & Mensagem
22 de outubro de 2013 - 12h29
(*) Por Paula Nader
Wearable technology, ou tecnologia de vestir (em uma tradução bem livre), já é um termo corriqueiro para vários profissionais ao redor do mundo. E é bom que, logo mais, seja para você também.
Muito além dos equipamentos para monitorar desempenho de atletas e do quase famoso Google Glass, equipes compostas por especialistas em tecnologia, artistas e designers de moda estão trabalhando para aperfeiçoar a forma e a função de peças que possam ser vestidas e nos ajudem a melhorar nossa qualidade de vida, prevenir doenças, realizar tarefas cotidianas ou, ainda, a aumentar nossa capacidade intelectual e nossas “habilidades” sociais.
Pense, por exemplo, em roupas e acessórios que:
• aquecem ou esfriam seu corpo, reagindo a mudanças na temperatura ambiente,
• detectam problemas de saúde,
• corrigem sua postura e dão dicas sobre as mensagens que sua linguagem corporal está transmitindo,
• monitoram seu corpo enquanto você dorme e geram dicas personalizadas para melhorar a qualidade do seu sono,
• permitem que você comande seu telefone, seu carro ou seus aparelhos domésticos com pequenos e imperceptíveis gestos feitos a quilômetros de distância, ou até…
• inflam ao redor do seu corpo para simular o abraço que um amigo te enviou em uma mensagem (?!?).
Coisas como essas e muitas mais estão sendo testadas, não só sob o ponto de vista de funcionamento, como também (e principalmente) sob as perspectivas de estética, adequação de matérias-primas e barateamento de produção, para viabilizar o enorme potencial de consumo que alguns desses itens têm.
Ok, algumas ideias parecem idiotas.
Mas quantas mães pagariam um pouco mais para vestir seus filhos com fraldas que permitem o diagnóstico precoce de doenças comuns em bebês? Quanto vale uma camiseta que, a partir do seu metabolismo e dos seus hábitos, lhe dá informação sobre os melhores alimentos a ingerir para que seu corpo funcione melhor e, de quebra, fique mais harmônico, por dentro e por fora?
Quantas facilidades nas quais você jamais pensou podem se transformar em boas soluções para sua vida e em negócios rentáveis para quem for capaz de colocá-las no mercado por um preço justo?
O nível de investimento em pesquisa e desenvolvimento e a quantidade de conferências e fóruns sobre o assunto que estão acontecendo atualmente na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos denunciam o óbvio: wearable technologies são o nosso próximo grande passo.
E para quem ainda acha que isso é uma maluquice de fãs do Homem de Ferro, eu gostaria de lembrar que os Jetsons usavam FaceTime.
¿Que te parece?
(*) Paula Nader é diretora de marca e marketing do Santander. Este artigo está publicado na edição 1582, de 21 de outubro, doMeio & Mensagem, disponível nas versões impressa ou para tablets Apple e Android.
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