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Opinião ? Paula Nader: Feliz 2015

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Opinião ? Paula Nader: Feliz 2015

Outubro é a época da armadilha do ?ainda dá tempo?. Com agendas cada vez mais lotadas, achamos que dá para esticar um pouquinho mais a corda


7 de outubro de 2014 - 10h56

Por Paula Nader (*)

Pessoal, tenho uma notícia bombástica: o ano acabou.

Pelas minhas contas, hoje é dia 6 de outubro (entrego o artigo uns dias antes). Então, temos 70 dias corridos, literal e metaforicamente, até que sejamos epidemicamente contaminados pelo enlouquecimento coletivo que nos assola entre os dias 15 e 24 de dezembro.

Mas outubro é a época da armadilha do “ainda dá tempo”. Com equipes cada vez mais enxutas e agendas cada vez mais lotadas, achamos que dá para esticar um pouquinho mais a corda, espremer um pouquinho mais o prazo, alongar um pouquinho mais a carga horária diária e… tudo o que conseguiremos é chegar às vésperas das festas no limite da exaustão.

Ao longo de 20 e poucos anos, mesmo trabalhando em um mercado que não para, aprendi que os próximos 70 dias servem para fazer bem o que já está planejado, orçado e em desenvolvimento. Para terminar de forma impecável o que já começamos.

Achar que dá para iniciar novos (grandes e importantes) projetos a essa altura do campeonato e obter resultados ainda neste ano me parece, além de improdutivo, ineficiente, porque o risco de gastar mais recursos (tempo, dinheiro, energia etc.) do que o necessário é gigante. Sem falar na frustração.

A colheita final de 2014, entretanto, acontece no mesmo momento em que temos de semear 2015. Porque os próximos 70 dias servem, principalmente, para avaliar o que deu certo, o que deu errado, abrir a cabeça, questionar, propor, rever e definir as prioridades antes que a pressão dos resultados do primeiro trimestre comece.

Quais os erros que você não vai mais cometer? Quais são os riscos que você vai correr? Alguns são inevitáveis, outros você deve provocar. Qual a mudança de patamar que você quer promover? Quais são as atividades que vai parar de fazer para garantir mais dedicação e foco naquelas que são realmente importantes?

E, já que sem eles você não vai a lugar algum, que tal incluir sua equipe nessa discussão? Como eles avaliam o ano que passou? Todos tinham objetivos claros? Foram capazes de realizá-los? Tiveram o apoio necessário para isso? Como foi o ano para cada uma das pessoas da sua equipe?

Seu time está redondo ou ainda tem um ou outro ajuste a ser feito? Se sim, faça.

Que tal fazer dos próximos 70 dias um período produtivo, promissor e saudável?

Não estou propondo uma lista de promessas de final de ano. O que sugiro é desvincular do ano fiscal nossa dinâmica de planejamento, de revisão de rota e, principalmente, de gestão de prioridades e das pessoas.

Se 2014 foi para nós um ano curto e atípico por causa da Copa e das eleições, temos a oportunidade de fazer 2015 ser um ano de 14 meses.

E isso pode valer para 2016, 17, 18… Só depende da disciplina de cada um de nós.

¿Que te parece?

 

* Paula Nader é diretora de marca e marketing do Santander e escreve para o Meio & Mensagem mensalmente. Este artigo está publicado na edição 1630, de 6 de outubro de 2014, de Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa ou para tablets Apple e Android

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