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Ponto de vista

A próxima grande coisa são trilhões de pequenas coisas

A ?Internet das Coisas?, como vem sendo chamada, é a próxima grande revolução do mundo digital


9 de abril de 2014 - 12h11

Estamos entrando numa nova era da computação, tão grande quanto a invenção dos computadores e smartphones, que vai continuar impactando drasticamente nossas vidas e as empresas como as conhecemos atualmente.

A “Internet das Coisas”, como vem sendo chamada, é a próxima grande revolução do mundo digital. Pode ser resumida como o desenvolvimento de trilhões de micro robôs feitos para dar vida aos mais diversos objetos buscando facilitar nossas vidas. Esses robôs, através da integração de múltiplas fontes de dados, conseguem se conectar entre si e tomar decisões por nós, ponderando dezenas de variáveis ao mesmo tempo.

Segundo um artigo recém-publicado do Morgan Stanley, passamos os últimos 20 anos digitalizado e automatizando os negócios, o modelo de consumo e processos como conhecemos no mundo off-line, e os próximos 20 anos serão concentrados em otimizar todas essas atividades. Isso será possível através de frentes como: desmistificação e custos mais baixos da tecnologia, tecnologias como wi-fi e bluetooth colocando objetos conectados, baixo custo de armazenamento de dados e desenvolvimento de inteligência analítica para transformar os dados em informações úteis e práticas.

No mês passado, estive no Lab de inovação da Microsoft em Seattle e pude vivenciar algumas dessas transformações. Adorei a ideia de ter um “chef de cozinha virtual” na minha casa 24 horas por dia, orientando quais receitas posso fazer com os ingredientes que possuo em casa, poder fazer todas as combinações e variações de cardápio possíveis considerando minhas preferencias de gosto e restrições alimentares – e tudo sem desperdícios, usando os alimentos na sua totalidade.

E que tal uma consulta médica de primeira sem precisar sair de casa? Através da leitura do seu corpo, dos batimentos cardíacos e da sua pressão arterial, um computador vai ser capaz de passar um diagnóstico preciso, sem a necessidade de sair de casa. Um pouquinho da experiência segue no vídeo abaixo.

O território de possibilidades é gigantesco e terá impacto na nossa economia de forma significativa. Segundo a Ericsson, até 2020 serão mais de 50 bilhões de dispositivos conectados.

Nessa pesquisa da Morgan Stanley alguns segmentos – como automotivos, saúde, varejo e seguro, serão transformados. No mercado de saúde, por exemplo, espera-se que, com o monitoramento em tempo real da saúde das pessoas, reduza-se a necessidade de capital humano gerando quase 2% de economia nas maiores redes de hospitais. No varejo, o uso de identificação por radiofrequência (RFID) na gestão de estoques poderia reduzir o custo dos produtos vendidos em até 2%. Sem falar nos impactos para o meio ambiente, como monitoramento do uso racional da água, da eletricidade, das emissões de poluentes.

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Os grandes desafios para que isso se torne realidade estão na capacidade de armazenamento do volume de dados coletados e processamento analítico para tomada de decisão, e na integração dessa nova realidade com demais sistemas operacionais de TI da empresa.

Nesse ritmo acelerado de transformações, as empresas precisam ter um nível alto de flexibilidade e de adaptação dos seus negócios e modelos organizacionais.

E para nós, seres humanos, é necessário entender que o papel da tecnologia vai ser de otimização total do nosso tempo, para que possamos valorizar e vivenciar cada vez mais as experiências reais, únicas, que tecnologia nenhuma poderá replicar.

Andrea Dietrich é gerente executiva de marketing da BRF

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