O futebol deles é melhor que o nosso
Acontecimentos na NFL mostram o papel que o esporte pode ter e de como a cobrança da sociedade pode influenciar suas decisões
Acontecimentos na NFL mostram o papel que o esporte pode ter e de como a cobrança da sociedade pode influenciar suas decisões
Ricardo Fort
9 de outubro de 2014 - 11h48
O assunto que dominou a imprensa esportiva nas últimas semanas aqui nos Estados Unidos foi a crise na liga profissional de futebol americano (NFL).
Alguns dos mais importantes jogadores foram acusados de violência doméstica graças a vídeos e depoimentos divulgados pela imprensa e redes sociais.
Insatisfeitos com as punições impostas aos jogadores pela NFL, grupos organizados de defesa das mulheres e a sociedade como um todo se revoltaram contra a liga, exigindo, dentre outras coisas, a saída do seu executivo-chefe.
Se isso acontece com a NFL, uma das melhores ligas americanas e com alguns dos executivos mais competentes no mundo do marketing esportivo, o que seria do nosso futebol se os torcedores brasileiros reagissem da mesma forma?
A maneira como a NFL vem tratando os problemas e sua determinação de resolvê-los são uma excelente demonstração de como uma entidade séria lida com crises. Todos acreditam que o esporte deva ser um bom exemplo para os jovens dentro e fora dos campos.
No Brasil a situação é um pouco diferente. Quais exemplos de clubes, federações ou jogadores de futebol você poderia usar como referência na educação de seus filhos? Muito poucos, posso garantir.
Grande parte dos times, incluindo os mais populares do País, devem fortunas ao fisco ou as emissoras de televisão. Continuam contratando descontroladamente apesar de não conseguir pagar as contas e salários em dia.
Jogadores faltam aos treinos por passar a noite no pagode ou baile funk. Isso sem falar de casos extremos que acabam nos tribunais criminais.
Os eventos nos Estados Unidos mostram o papel que o esporte pode ter e de como a cobrança da sociedade pode influenciar suas decisões. Será que conseguiríamos fazer o mesmo no Brasil?
Ricardo Fort é vice-presidente de marketing global de patrocínio da Visa.
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