Meio & Mensagem
8 de abril de 2012 - 10h27
No domingo, dia 4 de março de 2012, me aguardavam na porta de casa os exemplares da Folha de São Paulo e do Estadão juntos com o Meio & Mensagem.
Oba! Começava bem o meu domingo.
Na capa o M&M trazia os resultados da propaganda de 2011 em comparação ao desempenho de 2010 e acusava um crescimento médio da atividade na ordem de 8,5% , desbancando, aparentemente, a tese de que a propaganda cresce o dobro do PIB.
Os destaques positivos ficaram para a internet, TV por assinatura e mídia exterior. Outro aspecto a ser observado foi a desproporcional participação do meio TV na divisão da verba publicitária nacional. 63,5% de todo o dinheiro investido em propaganda no Brasil engordam os cofres das TVs abertas. O ponto negativo ficou com a diminuição do investimento publicitário no meio cinema, 6,34% a menos em comparação a 2010. Uma cabal distorção do comportamento do consumidor brasileiro. Querem ver:
De sexta-feira, dia 17 de fevereiro, primeiro dia de carnaval, até quarta-feira de cinzas, dia 22 de fevereiro, o cinema brasileiro acumulou
2.320.499 ingressos vendidos.
Foram mais de 225 mil ingressos vendidos na sexta, mais de 380 mil tanto no sábado quanto no domingo, 552.712 na segunda, 447.150 na terça gorda e 325.886 na quarta de cinzas. O campeão de audiência nacional foi o filme O Motoqueiro Fantasma 2, que acumulou 929.466 ingressos, seguido de Cada um tem a Gêmea que Merece, A Invenção de Hugo Cabret e A Dama de Ferro, todos com mais de 200 mil ingressos vendidos no período.
O vigor do cinema no Brasil está na sua capacidade de comprovar seus números com uma precisão não encontrada em nenhum outro meio de comunicação. Os anunciantes que optam pela inserção de seus anúncios na tela grande comprovam a eficiência do investimento com números reais, sem projeções ou deduções.
Todas as pessoas que foram ao cinema no final de semana do carnaval, o fizeram por que o meio reúne os elementos fundamentais ao sucesso dos veículos de comunicação: a qualidade dos conteúdos, o entretenimento, a alta tecnologia e o caráter out-of-home.
Em termos de faturamento o cinema arrecadou R$ 26.876.689,00 com ingressos nos seis dias de folia, contrariando a lenda de que nos dias de Momo os brasileiros não freqüentam cinema. Santa Ignorância!
Desafio os profissionais de propaganda, agências ou anunciantes, a indicarem qual evento presencial pode rivalizar em números com o cinema e caso o encontrem, nas múltiplas opções existentes, façam um exercício de comparação. Será uma goleada de predicados do cinema.
No cinema não há valores relativos, os números são absolutos como se exige dos investimentos publicitários. Os conteúdos e as salas de projeção atraem ou não os consumidores, sem mágicas ou subterfúgios. Todos os filmes em exibição e todas as salas em funcionamento são auditadas. Os resultados são reais, mas parecem não comover corações e mentes dos que decidem o investimento da mídia nacional. Essa realidade sobre a ficção precisa mudar.
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