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Ponto de vista

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20 de abril de 2012 - 4h50

Há alguns anos, um amigo que havia passado anos na mesma empresa e já era bastante sênior, foi demitido. Simples assim. Aparentemente sem razão. Uma bela segunda-feira, chegou ao escritório e o chefe disse: “mudou a estratégia X e precisamos de alguém diferente na sua cadeira.”

Depois da ressaca, saímos um dia para conversar e perguntei se ele se arrependia de algo ou se poderia ter feito alguma coisa diferente pra evitar o fim que teve. Para a minha surpresa, ele disse que não havia nada no trabalho que faria diferente. Fora dele, sim.

Com as exigências do dia-a-dia na empresa, ele foi aos poucos abandonando a vida executiva fora do escritório. Os eventos, as palestras, os workshops, etc. Todos as atividades que não ajudavam diretamente (e imediatamente) o sucesso da sua empresa ficaram para depois pois não eram urgentes.

Esta ausência não muda nada no curto prazo, mas muda muito no seu futuro.

As pessoas que você não conheceu. As discussões que não teve. As apresentações que não fez. Tudo contribui pra você ser um pouco mais esquecido a cada dia. Pena que você só percebe isso no dia que precisa ser lembrado.

E isso aconteceu com o meu amigo. De uma hora para outra, os amigos, as agências, os fornecedores, etc. Todo mundo sumiu. Afinal, eles tinham uma relação com a sua cadeira e não com o ocupante. Simplesmente transferiram-na para seu sucessor.

Ele se recuperou muito bem. Bem até demais. Mas nem todo mundo tem esta sorte ou talento.

Portanto, não ignore todos os convites e oportunidades de sair um pouco do escritório. Isso faz muito bem, mesmo que exija umas horas a mais no dia seguinte pra compensar.

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