We will survive!
Porque será que ficamos cegos nestes momentos de crise sem conseguir analisar a big picture que qualquer gringo já enxerga faz tempo?
Porque será que ficamos cegos nestes momentos de crise sem conseguir analisar a big picture que qualquer gringo já enxerga faz tempo?
Meio & Mensagem
20 de maio de 2015 - 12h19
Assumo que sou leitor assíduo dos jornais diários e portais de notícias. Sempre tive este hábito de buscar a informação para ter a minha opinião sobre os mais diversos assuntos. Quanto mais amplas as fontes, maiores as chances de obter uma nova perspectiva ou gerar um insight Também assumo que a leitura de notícias aqui no Brasil nestes últimos meses tem sido uma atividade de alto risco. Abrir os jornais ou acessar um site e dar de cara com notícias ruins tem sido o meu (e nosso) cotidiano, infelizmente! Quando nos deparamos com notícias relativas a lançamentos, expansões e investimentos, ficamos até assustados, não é mesmo?
Vamos sobreviver a mais uma turbulência, isso é certeza! Brasileiros e brasileiras têm a alma forte e não se assustam com qualquer crise, protesto ou pacote. Existem quantos países continentais que falam uma língua única com mais de 200 milhões de habitantes por aí? Porque será que nós ficamos cegos nestes momentos de crise sem conseguir analisar a big picture que qualquer gringo já enxerga faz tempo?
Quando não sabemos se atingiremos a meta do mês ou da semana, como fazemos para definir as metas de longo prazo? O ruído do presente nos impede de pensar e agir em relação ao futuro. Quando formos iniciar os budgets de 2016 estaremos paralisados pelo momento ruim e não conseguiremos enxergar com a devida clareza aonde podemos chegar? Pensar grande em um momento de crise é válido ou seremos tachados de loucos?
Sempre fomos o “País do futuro”, pois a curva demográfica do Brasil já demonstrava que teríamos o impacto na sociedade com a entrada de milhões de pessoas no mercado de trabalho. Isso está acontecendo agora, mas não acontece duas vezes.
Sempre fomos o “País do berço esplêndido”, pois as nossas riquezas minerais e os amplos espaços de possível dedicação aos vegetais nos caracterizavam como o celeiro do mundo. Isso está acontecendo agora (desde os tempos coloniais, é verdade), mas a China já não compra tudo que temos a oferecer.
Sempre fomos o “florão da América”, pois mais da metade da população e da riqueza da América Latina estão aqui. Mas alguns dos nossos vizinhos não bolivarianos estão dando passos largos na melhoria dos índices do IDH e investindo em comércio livre e educação.
Até quando seremos a “pátria amada”? Será que os planejadores de agora com o seu foco em conseguir sair da fumaça e ruído dos dias de hoje terão a capacidade de preparar nossa sociedade e nossas empresas para os desafios que com certeza virão? Torço para isso todos os dias.
Será a nossa esperança igual aos nossos recursos hídricos? Sempre achamos que nunca iriam faltar, mas, de uma hora para outra, podem sumir. Vamos planejar um futuro melhor. Comece hoje a buscar as notícias positivas que existem por aí!
Paulo Octavio P. de Almeida é vice-presidente da Reed Exhibitions
Compartilhe
Veja também
Prefeitura de São Paulo interrompe projeto do “Largo da Batata Ruffles”
Administração Municipal avaliou que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana precisa dar um parecer sobre o projeto; PepsiCo, dona da marca, diz que parceria é de cooperação e doação e não um acordo de naming rights
Natal e panetones: como as marcas buscam diferenciação?
Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros