Produtos de lonas usadas ganham o mundo

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Teresa Levin
21 de agosto de 2012 - 8h30

Lonas usadas em eventos, ações promocionais e publicitárias do Rio de Janeiro já têm destino certo quando não interessam mais para essas iniciativas: a ONG TemQuemQueira reaproveita esses materiais produzindo, em média, três mil peças por mês, entre bolsas, sacolas e estojos, por exemplo. A ideia é fazer moda e design com o material descartado, minimizando o impacto ambiental. A ONG tem como parceiros estilistas badalados, como Isabela Capeto e Marzio Fiorini.

As peças, manufaturadas por detentos do sistema prisional fluminense e moradores de comunidades pacificadas, têm gerado tanta repercussão que já estão sendo comercializadas no magazine Macy´s, nos Estados Unidos. Agora, chegam a um primeiro ponto de venda no Brasil. Até o fim de agosto, estará em funcionamento a loja de estreia da ONG no Rio, localizada no Shopping Via Parque, na Barra da Tijuca. A iniciativa recebeu um investimento de R$ 100 mil.

A decisão pela abertura do espaço veio após a entrada da TemQuemQueira no mundo digital, por meio de um projeto de e-commerce. A expectativa é de que, com o varejo, as vendas cresçam 20% nos próximos meses. Atualmente, a ONG é a maior receptora de lonas do Rio. Na passagem de 2011 para 2012, por exemplo, reciclou todas as lonas usadas no Réveillon de Copacabana, considerado o maior do mundo. O material reaproveitado gerou mais de dez mil estojos para crianças da rede municipal de ensino.

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