PSA e GM anunciam acordo global
Montadoras que enfrentam baixas vendas na Europa se unem, enquanto Brasil e México reveem acordo de importação
Montadoras que enfrentam baixas vendas na Europa se unem, enquanto Brasil e México reveem acordo de importação
Meio & Mensagem
29 de fevereiro de 2012 - 4h18
A francesa PSA Peugeot Citröen e o grupo norte-americano General Motors formaram uma parceria estratégica global com foco no compartilhamento de plataformas de veículos e em compras online. Segundo a agência Reuters, a GM e a PSA esperam que a aliança crie sinergias de US$ 2 bilhões anualmente num prazo de cinco anos. As empresas vão explorar áreas para novas cooperações, como logística integrada e transporte.
O acordo acontece em um momento crítico para as montadoras, que tiveram queda nas vendas da Europa. As operações da GM no velho mundo perderam US$ 747 milhões no ano passado, enquanto a divisão principal da Peugeot ficou 497 milhões de euros negativa na segunda metade do ano.
Com a aliança, a GM participará de um aumento de capital de 1 bilhão de euros da Peugeot, e com isso se tornará a segunda maior acionista da montadora francesa, com 7% de participação.
Brasil e México revisam acordo
Enquanto as montadoras enfrentam problemas com as vendas na Europa, negociadores do Brasil e do México concordaram em revisar o acordo do livre comércio de produtos automotivos entre os dois países. Em viagem à Brasília, os ministros mexicanos de Relações Exteriores, Patricia Espinoza, e da Economia, Bruno Ferrari, decidiram que haverá limitações nas vendas mexicanas ao Brasil e inclusão de novos produtos brasileiros para venda no mercado mexicano.
Por meio da assessoria do Itamaraty, o governo brasileiro informou que as discussões continuam e que há perspectiva de um acordo “em breve”. Contudo, existe a ameaça de que a presidente Dilma Rousseff cancele o acordo que vigora desde 2003.
Segundo o jornal Valor Econômico, o Brasil teria intenção de criar com o México um sistema de cotas de importação ou incluir um sistema como o que mantém com a Argentina conhecido como “flex”, no qual o volume de exportações de um país é condicionado pelo total que importa do parceiro. Os mexicanos cobram uma proposta mais clara sobre o funcionamento desse sistema de cotas.
As normas do acordo atual permitem uma quantidade maior de peças e partes de terceiros países nos automóveis vendidos pelo México sem tarifa de importação do que se exige entre os membros do Mercosul.
Compartilhe
Veja também
Prefeitura de São Paulo interrompe projeto do “Largo da Batata Ruffles”
Administração Municipal avaliou que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana precisa dar um parecer sobre o projeto; PepsiCo, dona da marca, diz que parceria é de cooperação e doação e não um acordo de naming rights
Natal e panetones: como as marcas buscam diferenciação?
Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros