Que carta a Apple vai tirar da manga?
Apesar de recorde, venda de iPhones sinaliza desaceleração na demanda. Mercado questiona capacidade de inovação da empresa
Apesar de recorde, venda de iPhones sinaliza desaceleração na demanda. Mercado questiona capacidade de inovação da empresa
Meio & Mensagem
28 de janeiro de 2014 - 12h22
É óbvio que a Apple vendeu bastante iPhones durante as festas de final de ano. Mas as evidências já começam a indicar que o seu produto campeão não seja mais o motor de crescimento que já foi um dia.
Ainda que as vendas tenham batido o recorde, com 51 milhões de iPhones vendidos no importantíssimo quarto trimestre, o número ficou abaixo das estimativas dos analistas – e as projeções para o primeiro trimestre de 2014 também desapontaram o mercado. A empresa também afirmou que as receitas entre janeiro e março devem ficar entre US$ 42 bilhões e US$ 44 bilhões, contra uma previsão inicial de US$ 46,1 bilhões dos analistas ouvidos pela Blooomberg.
O nível de vendas de iPhone no final de ano apontam que a demanda por novos modelos do smartphone top – que é a mais importante fonte de faturamento da Apple – pode retroceder, com a entrada de muitos produtos competidores tanto em celulares quanto em tablets.
A questão que fica para a Apple é: se o iPhone não é mais a próxima novidade, o que será?
“Há uma percepção problemática de que a empresa não está inovando”, afirma Brian Blair, analista da Wedge Partners, em New York. “E é por isso que o anúncio de novos lançamentos pela empresa será decisivo neste ano.”
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o lucro da empresa manteve-se em US$ 13,1 bilhões, enquanto as vendas subiram 5,7% para US$ 57,6 bilhões. A Apple vendeu 26 milhões de iPads no trimestre.
Sob pressão
O chefe executivo de marketing Tim Cook está sob pressão para impulsionar os resultados financeiros, estagnados sem a introdução de um produto inteiramente novo desde o lançamento do iPad, em 2010. No último ano fiscal, encerrado em setembro de 2013, a Apple registrou o primeiro declínio em seus lucros em pelo menos uma década. No período, as ações da Apple subiram apenas 5,4%, bem atrás dos 30% registrados pelo índice Standard & Poor’s 500.
Na segunda-feira 27, as ações da Apple caíram 7,8% após a divulgação dos resultados.
Do Advertising Age
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