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São Paulo prepara city tour oficial

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São Paulo prepara city tour oficial

Roteiro terá nove pontos de paradas e pretende incrementar turismo na cidade. Leia ainda entrevista com Marcelo Rehder, presidente da SP Turis


7 de fevereiro de 2012 - 8h22

A cidade de São Paulo começa a se preparar para a Copa do Mundo. Depois de lançar um novo site, a SP Turis, autoridade de turismo da capital, comemora o sucesso de seu aplicativo oficial para smartphones e tablets e anuncia a fase de licitação dos ônibus para o lançamento do city tour oficial da cidade.

“Já temos o roteiro circular, testado junto com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O trajeto será de duas horas e meia, com nove pontos (Luz, Mercado Municipal, Praça da República, Estádio do Pacaembu, Avenida Paulista, Parque do Ibirapuera, Liberdade, Páteo do Collegio e Theatro Municipal) e em três idiomas: português, inglês e espanhol”, conta Marcelo Rehder, presidente da empresa.

Em entrevista ao Meio & Mensagem desta semana, com data de capa de 6 de fevereiro, Rehder ainda reforça o potencial turístico da cidade e explica o funcionamento da companhia, que promove o turismo em São Paulo. “Como a cidade não possui uma secretaria específica, a empresa foi criada para cuidar disso. Ela é de capital aberto, com aproximadamente 97% das ações pertencentes à prefeitura; os outros 3% são de alguns acionistas. Temos diversas diretorias — uma, inclusive, de turismo e entretenimento, comanda pela Luciane Leite, que já presidiu a Bahiatursa. As outras são de ações estratégicas, marketing e vendas, eventos, infraestrutura, administrativo e financeiro, e a diretoria de representação dos funcionários”, explica.

Outra novidade é a criação é a criação de um novo espaço para shows na cidade. Com o fim das obras no Sambódromo paulistano, a área de dispersão das escolas de samba poderá se transformar numa arena de shows para cerca de 20 mil pessoas.

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Leia trechos da entrevista, que está na íntegra na edição nº 1.495 de M&M:

M&M — Atualmente quantas pessoas trabalham diretamente na SPTuris? De onde vem essa verba?
Rehder — São cerca de 700 pessoas. Parte da verba vem da prefeitura e outra parte do aluguel dos nossos equipamentos — todo o complexo do Anhembi, que inclui a área do Sambódromo e o autódromo de Interlagos. Temos cerca de mil eventos por ano.

M&M — Qual a verba publicitária que vocês terão à disposição este ano? Quais são as agências que atendem a conta da SPTuris e como fazer essa divulgação em ano eleitoral?
Rehder — Temos dois contratos de R$ 30 milhões por semestre. Nossas agências são duas: a Propeg e a Lew’Lara\TBWA, que têm R$ 15 milhões de verba por semestre. Este ano poderemos trabalhar a publicidade até final de junho. Depois da eleição, voltamos em novembro. O contrato é semestral, mas ele pode ser renovado por cinco anos. Esses vão até 2014.

M&M — Os números mostram a ótima performance turística da cidade. São Paulo tem capacidade hoteleira para receber mais turistas?
Rehder — Em 2011, o turismo movimentou R$ 199,6 milhões apenas de ISS em São Paulo. Foi um aumento de 130% em comparação a 2005. Isso sem contar o que movimenta a economia da cidade. Ano passado, tivemos um recorde da ocupação hoteleira, com um crescimento muito bom no final de semana também. A ocupação dos hotéis paulistanos em 2011 foi, em média, de 69,29% e chegou a mais de 75% em alguns meses. No réveillon recebemos cem mil turistas. Comparado com o total é pouco, mas já é significante. Na Parada GLBT recebemos 650 mil pessoas. Na Virada Cultural, são 385 mil. Quando temos três ou quatro eventos grandes, fica complicado… Mas na Copa do Mundo, por exemplo, teremos só o torneio. Será mais tranquilo.

M&M — Em novembro passado vocês apresentaram uma nova marca para a cidade (clique aqui e relembre). Como fazer com que ela seja reconhecida pelo público como um símbolo da cidade e não apenas como uma promoção da atual­ gestão da prefeitura?
Rehder — Isso vai depender das administrações futuras. O governo da Marta Suplicy lançou os CEUs e depois ele continuou com o mesmo nome e programa. Tem de ter uma mudança de mentalidade. Não é porque foi feito pela outra administração que deve ser considerado ruim. A marca ficou em estudo há sete anos, temos uma pesquisa embasada para a criação, realizada pelo designer Rômulo Castilho em parceria com a Propeg, e vamos divulgá-la ainda mais este ano.

M&M — Estamos na época de Carnaval. Os desfiles de São Paulo têm, timidamente, atraído mais turistas. Como incentivar as pessoas a virem passar o Carnaval na cidade?
Rehder — Uma das coisas é incrementar o Carnaval de São Paulo. O lado técnico já melhorou muito. No ano passado, recebemos 23 mil turistas — mais do que para a São Paulo Fashion Week. O turista de Carnaval não é tão rentável, mas fica mais tempo na cidade por causa do feriado. Este ano, implantaremos o conceito da São Paulo Best Week também no Carnaval. Vários hotéis, restaurantes, spas e outros estabelecimentos terão descontos para quem estiver na cidade. Como não temos a mesma tradição de outros lugares, temos de agregar outros valores, como os bons restaurantes, por exemplo.

M&M — São Paulo agora está empenhado na sua candidatura para receber a Expo 2020 (feira de negócios que acontece desde 1851 em diferentes metrópoles do mundo). Qual a importância da cidade em receber um evento como este? Depende da construção do complexo de eventos em Pirituba, zona oeste da capital?
Rehder — O complexo de Pirituba vai acontecer independentemente da Expo 2020. O evento dura seis meses e é o terceiro mais importante do mundo. Em novembro, apresentamos a candidatura e disputamos a sede com Esmir (Turquia), Ekaterinburgo (Rússia), Atalaia (Tailândia) e Dubai (Emirados Árabes). Somos o candidato mais forte, mas ainda temos mais quatro apresentações para serem feitas.

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