Marketing
NRF 2015: Uma ode à vida real
?Por favor, não abusem no uso da tecnologia; as pessoas também querem viver, acreditem?
?Por favor, não abusem no uso da tecnologia; as pessoas também querem viver, acreditem?
Meio & Mensagem
12 de janeiro de 2015 - 3h50
(*) Por Tiago Lara, para o Meio&Mensagem
Essa frase de Paraag Marathe, presidente do time de futebol americano San Francisco 49ers, deu o tom do que veríamos no primeiro dia da NRF 2015.
O evento, apesar de carregado de mantras e jargões marqueteiros, começou bastante pragmático, direto e eficiente. Nas apresentações do dia, os palestrantes mostraram como a tecnologia está sendo usada para potencializar a experiência vivida e não apenas sendo a experiência em si.
Paraag, mostrou por exemplo, que apesar dos 49ers terem um sistema sofisticado de coleta e cruzamento de dados que consegue saber, entre outras coisas, quais situações de jogo e momentos da partida vendem mais merchandising e comida, não deixam a tecnologia invadir a experiência no mundo real. A hora do jogo é sagrada para os fãs. O mesmo se ouviu de James Curleigh, presidente da Levis: "o Jeans 511 é um mito, a tecnologia não irá transformá-lo, mas permitir que ele chegue à qualquer lugar na hora e no tamanho que o consumidor quiser. Isso irá potencializar a realização e a mítica por trás do modelo."
A NBA, por sua vez, abriu 100% das estatísticas dos jogos, inclusive às dirigidas a treinadores, para os fãs (com um compilado incrível desde 1946, disponível em nba.com/stats), levando-os a estenderem a experiência do jogo por muito mais tempo e consequentemente expandindo o volume comercializado de seus produtos.
Com uma geração nova de consumidores que buscam viver a vida com mais intensidade e valorizando experiência e não apenas posse, as marcas precisam buscar formas reais e não apenas traquitanas para expandir sua relação. Desta forma, encarar a "imperfeição" foi a provocação final do dia. Se a vida não é perfeita, nem mesmo a foto que tratamos para o Instagram é, por que esperamos tanto para colocar algo em prática? Por que não testamos e evoluímos em uso? Não é assim na vida real?
Tiago Lara é diretor de planejamento da Leo Burnett Tailor Made
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