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Venda de genericos cresce

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Venda de genericos cresce

A receita do setor também registrou alta, de 41%, elevando o market share dos genéricos de 17,6% em 2010 para 22,3% em 2011


8 de fevereiro de 2012 - 9h00

Não é à toa que a indústria farmacêutica volta as suas estratégias para fortalecer cada vez mais a sua presença entre os genéricos, que chegam a custar, em média, 45% menos do que os remédios de marca. Responsável por uma economia próxima de R$ 20 bilhões desde 1999, quando o setor foi criado com base na promulgação da lei 9.787, esse tipo de medicamento somou alta de 32% em vendas, o equivalente à comercialização de 581 milhões de itens, e de 41% em receita, para R$ 8,7 bilhões, em 2011.

O desempenho eleva o market share dos genéricos de 17,6% em 2010 para 22,3% em 2011 no mercado total de medicamentos. A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), estima que essa representatividade pule de 25% neste ano para 35% até 2015, índice ainda inferior à participação de 60% do segmento nos mercados da Europa e Estados Unidos.

A quebra de patentes e a ampliação do programa social Farmácia Popular, onde os genéricos respondem por 75% dos medicamentos, são dois dos principais motivos que explicam o otimismo do setor. Somente nos últimos dois anos, a americana Pfizer perdeu a exclusividade do Lipitor (atovarstatina) e do Viagra (sildenafil).

Já a AstraZeneca teve que passar a compartilhar a produção do rosuvastatina, princípio ativo do Crestor, e do quetiapina, nome comercial do Seroquel. A marca Diovan, produzida com o valsartana, da Novartis, é outra que perdeu a sua patente. A siprasidona, um antipsicótico da Pfizer, e o sirolimo, produto imunossupressor do laboratório Wyeth, estão entre os lançamentos prometidos para 2012. Em entrevista publicada na edição dessa quarta-feira, 8, pelo jornal Valor Econômico, Odnir Finotti, presidente da Pró Genéricos, afirma que até 2017 existe " uma relação de outros produtos que devem ter patente expirada até 2017”.

A situação dos laboratórios
A compra de laboratórios de pequeno e médio porte, além de licenças de medicamentos e a criação de novas fábricas devem ditar os rumos do setor em 2012. A previsão é que a indústria farmacêutica cresça, mas sem repetir a mesma performance registrada nos últimos cinco anos, período na qual o segmento avançou o dobro do PIB nacional. De acordo com informações da Sindusfarma (Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo), os laboratórios devem concentrar seus negócios justamente nos medicamentos genéricos, que respondem por aproximadamente 25% do faturamento das farmacêuticas.

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