Maximidia
Estratégias para uma era registrada em vídeos
No painel do Google, Marco Bebiano, diretor de negócio, destaca a atenção como o elemento principal para as estratégias das marcas
Renan Honorato
6 de outubro de 2022 - 8h57
Marco Bebiano apresentou dados a respeito do consumo de vídeos e do comportamento da audiência no ambiente digital (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)
Tanto o futuro quanto o presente são registrados em vídeo. Essa foi a mensagem principal do painel do Google no Maximidia 2022, apresentado pelo diretor de negócio do Google Brasil, Marco Bebiano. Para ele, a intenção e atenção estão lado a lado no desenvolvimento de estratégias das marcas que buscam maior participação no ciberespaço.
Segundo Bebiano, as rotinas do consumidor estão cada vez mais voláteis e as tendências são quase sempre imprevisíveis o que acaba dificultando a vida das empresas, já que a jornada de compra e de consumo fica cada vez mais individualizada. “Nós, do Google, acreditamos que as automações dos processos possam ceder espaço para a criatividade e para inovação” refletiu Bebiano a respeito das ferramentas que podem ser usadas para tornar o processo de interação entre marca e consumidores mais íntimo.
As pessoas e as marcas, no geral, passaram a ser produtoras de seus próprios conteúdos. Usando conceitos de Henry Jenkis, pesquisador sobre cibercultura e comunidades digitais, Bebiano trouxe uma apresentação rica em dados retirados de análises feitas pelo Google.
Em 2022, por exemplo, mais de dois bilhões de pessoas consumiam vídeos via streaming, sendo que 72% dos conteúdos de maior relevância ao usuário são aqueles que dialoguem com rotina individual.
“Nos últimos anos vimos uma mudança radical. De uma audiência passiva, as pessoas e as marcas passaram a ser produtoras do seu próprio conteúdo. Saímos de poucos contando storytelling para uma produção plural”. Essas múltiplas plataformas, conteúdos e formatos disputam o que acaba sendo o fator mais precioso na era do vídeo first: “Os olhos são a maior commodity”.
O porta-voz do Google também destacou a construção de marca como um investimento que permite às empresas a superarem momentos de crise e desafios que a economia mundial coloca cotidianamente. “Para cada trimestre que sua marca fica fora do ar, há um impacto de 2% na receita de uma empresa” comentou Bebiano, acrescentando que o crescimento durável é alavancado pelo investimento em marketing, tecnologia e processos inovadores.
Publicidade
Compartilhe
Veja também
-
Maximídia 2023 debate valor das marcas em contextos complexos
Em seus três dias, o principal evento de conteúdo e networking do País para lideranças de comunicação, marketing e mídia reuniu CEOs, como Ciro Possobom, da Volkswagen, CMOs, criativos e consultores, que refletiram sobre o valor da indústria, seus impactos e seu futuro
-
Novos negócios, velhos dilemas
Enquanto vivem período econômico desafiador com corte de investimentos das big techs, CEOs de WPP, IPG e Publicis Groupe buscam equilíbrio entre disciplinas e investem em fontes de receita baseadas em tecnologia
