A rede de TV da sala de espera

Fernando Murad
13 de dezembro de 2011 - 8h00

Com a proposta de levar entretenimento e informação sobre saúde para salas de espera de clínicas, consultórios médicos e odontológicos, laboratórios e hospitais, entrou no ar a Living TV. O canal de televisão, que começou a ser implantado há três meses e já consumiu investimentos da ordem de R$ 3 milhões, apresenta aos pacientes conteúdo audiovisual focado em bem-estar e saúde. O material é desenvolvido em parceria com a Bossa Nova Films.

“Sempre vimos que a sala de espera oferece poucas opções de entretenimento. São programas de TV como Ana Maria Braga, Datena e Vale a Pena Ver de Novo ou revistas velhas. Não tinha uma opção de conteúdo qualificado e vimos a oportunidade de criar um canal de TV com programação baseada no conceito de saudabilidade”, conta Ronan Rocha, presidente e CEO da empresa.

Após três meses de implantação, o canal está presente em 250 terminais em unidades da rede A+ (do Grupo Fleury) e do Grupo Amil, base que atinge 1 milhão de pessoas por mês, segundo o empresário. A expectativa é que, até julho de 2012, 1,5 mil aparelhos estejam recebendo o sinal da Living TV (que é enviado pela internet para qualquer aparelho de televisão ligado ao set top box próprio do canal). Além de redes de medicina diagnóstica, a Living TV pretende levar seu conteúdo para consultórios particulares.

A programação da emissora é composta de grade de uma hora exibida em looping ao longo do dia. Ela é dividida em dez blocos de programas com duração de três a cinco minutos. Cada um deles representa uma das editorias da Living TV (Olhar, Verdejar, Movimentar, Sentir, Experimentar, Bem-humorar, Atualizar, Saber, Bem-estar e Conhecer). O conteú­do, com áudio e legenda, é dividido em 80% de entretenimento e 20% de informações sobre medicina.

Já o espaço reservado para publicidade na programação de uma hora gira entre 25% e 30% do total. Além dos comerciais tradicionais, a grande aposta da empresa é o branded content. “Queremos ser um caminho para as agências de publicidade escoarem ideias criativas além dos 30 segundos. Dois minutos e meio na TV aberta seriam uma fortuna, mas na Living TV é viável e não tem dispersão”, aponta Rocha, que projeta faturamento de R$ 5 milhões no primeiro ano de operação. A comercialização do projeto começa neste mês de dezembro e tem a consultoria de estratégia comercial de Toninho Rosa.