ABDOH muda estatuto e quer mobiliário
Associação de digital out of home está em negociação com JCDecaux, Cemusa e Ótima
Associação de digital out of home está em negociação com JCDecaux, Cemusa e Ótima
Meio & Mensagem
17 de junho de 2013 - 12h09
Com a chegada de dois grandes players em mobiliário urbano na capital paulista — Ótima e JCDecaux, respectivamente responsáveis por pontos de ônibus e relógios de rua — a Associação Brasileira de Digital Out Of Home muda o estatuto e passa a se chamar Associação Brasileira de Out of Home (a sigla ABDOH permanece), abrindo-se ao que o presidente, Angelo Sá Júnior, o JR, chama de renascimento da mídia exterior em São Paulo. “O cenário mudou, o renascimento começou, antes, com o digital e, agora, com a volta do mobiliário urbano se intensifica”, afirma JR.
O objetivo é ampliar o escopo da entidade e abrigar companhias que estariam sem representatividade no Brasil, após a lacuna de sete anos em que o maior mercado nacional retraiu a zero e impactou todo o setor, de acordo com o empresário. Os diálogos com as companhias que operam tanto em São Paulo quanto em outras praças já estão avançados, assegura o presidente da entidade, e envolvem, além da JCDecaux e Ótima, a espanhola Cemusa — em Salvador, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e Manaus —, e a norte-americana ClearChannel — que atende Curitiba e às maiores cidades do interior paulista, entre outras.
A mudança no estatuto foi discutida e aprovada pela diretoria e já está em vigor. JR ressalta que a entrada de companhias de perfil global tende a fortalecer não apenas a entidade como também a própria mídia exterior, porque São Paulo — antes das regras que restringiram qualquer comunicação visual urbana — representava o maior mercado nacional. Cálculos elaborados por Meio & Mensagem na época apontam que a perda foi superior a R$ 100 milhões anuais, que migraram para outros meios, entre os quais o digital out-of-home, um dos beneficiados indiretamente pela Lei Cidade Limpa.
Um dos desafios do setor é aumentar a participação no bolo publicitário e equiparar-se ao mercado europeu e ao norte-americano, onde chega a 15%. Atualmente, segundo o Projeto Inter-Meios, a mídia exterior tem 3,5% de share (dados do primeiro trimestre de 2013). A meta, informa JR, é chegar a 6% em, no máximo, cinco anos. “Uma das estratégias para isso é agregar empresas globalmente importantes, de peso, à nossa bandeira”, complementa.
Após o início da operação em mobiliário urbano, a Câmara de Vereadores de São Paulo deve analisar, nos próximos meses, iniciativa que flexibiliza a Lei Cidade Limpa. De autoria de Orlando Silva (PCdoB), o projeto aumenta o limite para até 10% do tamanho da fachada da edificação em casas de espetáculos, teatros, museus, cinemas, estádios e centros de convenções. Atualmente o projeto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e não prevê uso publicitário dos espaços.
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