Circulação de revistas cai novamente

Meio & Mensagem
9 de agosto de 2012 - 11h38

Por Nat Ives (*)

De acordo com o último relatório de circulação semestral do Audit Bureau of Circulation, as vendas de revistas no primeiro semestre de 2012 caíram 9,6% em relação ao ano anterior. Isso equivale ao desempenho do setor no segundo semestre do ano passado, quando as vendas caíram 10%.

Muitas editoras provavelmente acabam compensando esses baixos índices com ofertas de promoções para assinaturas mais baratas, o que prejudica os lucros das empresas em curto prazo, no mínimo. De fato, a circulação paga de revistas em geral se manteve estável nos primeiros seis meses deste ano – com queda de 0.1% em relação ao primeiro semestre de 2011 – assim como assinaturas cresceram 1,1%, segundo o relatório da auditoria.

As assinaturas são o maior componente da circulação das revistas. As vendas digitais continuaram a crescer rapidamente no primeiro semestre, mas ainda se mantêm como a menor parte da renda das revistas: cerca de 1,7% da circulação total agora, contra menos de 1% um ano antes.

Apesar do cenário desfavorável, lalgumas revistas estão tendo sucesso nas bancas. A Hearst Food Network, por exemplo, aumentou a venda de seus exemplares em 17,8% em relação ao primeiro semestre de 2011, de acordo com o relatório. A Rodale´s Prevention cresceu sua circulação em 7% no semestre, segundo período de crescimento consecutivo apresentado pela revista. Por fim, a Conde Nast´s Bom Appetit aumentou suas vendas em bancas em uma média de 20,5% em relação ao período de um ano atrás.

Houve ainda sinais de melhora para outros veículos. Como a Glamour, que viu suas vendas caírem cerca de 8% nos primeiros três meses do ano, mas após uma reformulação no formato da revista, os índices voltaram a subir cerca de 5% entre março e junho.

Já a revista Money perdeu cerca de 32% de suas vendas, e publicações como Shape, Parents, Every Day With Rachel Ray, Brides, Weight Watchers, Penthouse, ESPN The Magazine, Elle, Maxim e The Economist juntas diminuíram cerca de 20% de suas circulações em bancas.

(*) Advertising Age
Tradução de Mariana Barbosa