Executivo denuncia patrocínio à Carta Capital
Funcionário da Odebrecht alegou empréstimos no valor de R$ 3,5 milhões à revista que afirmou não saber a proveniência
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13 de dezembro de 2016 - 14h13
A construtora Norberto Odebrecht teria feito dois empréstimos no valor total de R$ 3,5 milhões para a Editora Confiança, responsável pela revista Carta Capital, em 2007 e 2009. As informações vieram da delação premiada de Paulo Cesena, que até mês passado presidia a Odebrecht Transport e já havia sido diretor financeiro da empresa. A operação teria sido feita à pedido do então ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo Setor de Operações Estruturadas, departamento que geria propinas na empreiteira, segundo informações do jornal O Globo.
Na delação, Cesena disse que a ordem para fazer o aporte de recursos para a editora veio diretamente de Marcelo Odebrecht, antigo presidente da empreiteira. Cerca de 85% do empréstimo já teriam sido quitados pela editora através de páginas de publicidade e patrocínio à eventos da Carta Capital entre 2010 e 2012.
“O adiantamento foi pago da forma tradicional: por meio de anúncios e patrocínios de eventos”, disse Manuela Carta, publisher da revista, em nota nota oficial, citando seminários como Diálogos Capitais e Fórum Brasil. “A editora possui os registros e notas dos anúncios publicados e eventos realizados.”
Marcelo Odebrecht teria orientado Cesena a negociar o apoio financeiro e a elaboração de um plano de negócios para a publicação junto ao jornalista Mino Carta, diretor de redação da publicação, e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, consultor editorial da “Carta”. Segundo ele, a primeira reunião contou com a presença de Mino, Belluzzo e Manuela. A publisher e Cesena, em reuniões posteriores, teriam negociado o empréstimo entre duas pessoas jurídicas, a ser pago em três anos com juros. Segundo Manuela, foi “uma operação normal no mercado. Naquele momento, a revista procurou vários anunciantes em busca de um reforço de caixa. O adiantamento foi negociado diretamente com a empresa por Mino Carta e Luiz Gonzaga Belluzzo, sócios da Editora Confiança, que edita CartaCapital. Não houve interferência de ninguém a nosso favor.”
A nota da revista diz ainda que a “CartaCapital não sabe e não tem obrigação de saber de onde vieram os recursos do adiantamento da verba de publicidade. Não existe carimbo em dinheiro e trata-se de má-fé acreditar que o investimento na revista saiu de ‘um departamento de propina’ e o aplicado nos demais meios de comunicação tem origem lícita.”
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