Globo propõe reflexão sobre o futuro pós-pandemia
Com pesquisa, campanha, debates e mostra no Museu do Amanhã, grupo aborda as transformações que o período trará para as pessoas
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Bárbara Sacchitiello
22 de fevereiro de 2021 - 6h00
Atualizada às 9h36
As transformações decorrentes de um período tão atípico como esse quase um ano de pandemia não esbarram apenas na maneira como as pessoas vivem e trabalham. A maneira como as pessoas consomem, buscam entretenimento, se relacionam e cuidam da saúde também deve ser modificada. Para começar a colocar um termômetro e entender o clima dessa era pós-pandemia, a Globo, desde o ano passado, vem se debruçando em um projeto que, por meio de diversas frentes, pretende jogar luz às transformações que o novo coronavírus já trouxe e que ainda vai trazer para a sociedade brasileira.
Batizado de “Quando Isso Tudo Passar”, o projeto terá desdobramento em outras plataformas do grupo e conta com diversas iniciativas: uma pesquisa de opinião feita em parceria com o Datafolha, que será apresentada ao mercado publicitário nesta terça-feira, 23; uma campanha publicitária que convida para uma reflexão sobre o futuro; a série Conversas Sobre o Amanhã, que será exibida no Globoplay e uma mostra sobre os impactos da Covid-19, que ocupará os espaços do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
O start desse projeto começou no sábado, 20, com o lançamento do filme publicitário em todos os canais e plataformas da Globo. A peça institucional faz um convite para que as pessoas pensem no tipo de legado que o enfrentamento à crise deixará para o mundo, ressaltando a importância do autocuidado com si próprio e com quem se ama como um dos principais legados. Veja:
Outro pilar que compõe o projeto da Globo é a série de debates “Conversas para o Amanhã”, que será exibida no Globoplay e no YouTube do Museu do Amanhã, parceiro na iniciativa. Nos próximos dias 25 e 26 de fevereiro e 1, 2 e 3 de março, personalidades irão dialogar sobre os impactos da Covid-19 nos novos tempos, abordando temas como saúde, sociedade e ciência. A etapa visual e sensorial do projeto começa no próximo dia 4, com a estreia da mostra “Coronaceno: Reflexões em Tempo de Pandemia”, realizada no Museu do Amanhã e que conta com parceria de conteúdo da GloboNews e da Fiocruz.
Diretor de marca e comunicação da Globo desde o início de 2021, Manuel Falcão explicou a reportagem o propósito do projeto e a forma como o grupo vê as transformações sociais no pós-pandemia.
Meio & Mensagem: Quando a Globo começou a dar forma ao projeto “Quando isso tudo passar” e por que razão o grupo achou que era importante mergulhar nessa análise a respeito desse período?Manuel Falcão: 2020 foi um ano que nos trouxe diversos desafios e aprendizados, além de uma visão de cooperação mais necessária do que nunca para que esse momento passe. Nesse contexto, com a chegada da vacina, a reflexão sobre o futuro pós-pandêmico ganhou ainda mais importância. O projeto ‘Quando isso tudo passar’ nasceu de uma provocação do Sergio Valente, que nos desafiou a pensar sobre como precisamos entender a atualidade, além dos aprendizados e legados que levaremos desse período, para moldar um novo amanhã. É esse convite para a sociedade que estamos fazendo.
M&M: Em termos gerais de comportamento, quais são as principais mudanças que você acredita que as pessoas irão carregar dessa pandemia?
Falcão: O caráter coletivo do enfretamento à pandemia nos influenciou de diversas maneiras, inclusive acompanhando mudanças de sentimentos e hábitos da população. E algumas dessas tendências de comportamento estão embarcadas no projeto, seja no próprio tom da campanha, ou mesmo nos resultados da pesquisa ‘Ideia de futuro: O Brasil pós-pandemia pode ser melhor?’. Acredito que aspectos como a solidariedade social, o cuidado com o outro (principalmente com a família) e a maior atenção à saúde certamente vão seguir presentes, de alguma forma, com a superação da crise. Esses e outros pontos foram corroborados no nosso levantamento. As ações sociais, por exemplo, ganharam força. O crescimento da conscientização ambiental e da busca por um estilo de vida mais sustentável também. Outro ponto relevante é a busca do equilíbrio na vida pessoal e profissional, tendência que foi bastante aprofundada nos últimos meses. Além disso, a crise afetou o bolso do consumidor, que deve pensar mais em planejamento financeiro e no uso de serviços digitais.
M&M: E em termos de consumo de conteúdo? Já é possível ter um indício de para onde os hábitos das pessoas serão direcionados?
Falcão: A crise sanitária atual impactou não só a produção de conteúdo, mas também a forma como as pessoas consomem esse conteúdo. E esse processo certamente reverberará no pós-pandemia. De 2020 até agora, é perceptível o crescimento da relevância do jornalismo como prestação de serviço, e uma busca maior do público pelo entretenimento, inclusive pela imposição de novas rotinas. Na outra ponta, a transformação da pirâmide etária no Brasil acompanha famílias cada vez mais multigeracionais, o que reforça o aumento de consumo de conteúdos multiplataforma. Por isso, vejo a produção de conteúdo caminhando paralelamente a essa transformação de hábitos da sociedade. Este é um caminho que a Globo seguirá pavimentando, construindo diálogos com a sociedade e oferecendo ao público conteúdos que gerem reflexão.
M&M: Conte um pouco sobre a campanha: qual será o tom dos filmes e das peças publicitárias e que mensagem elas pretendem passar ao público?
Falcão: Eu diria que, mais do que uma campanha, este é um movimento integrado da Globo em todas as suas plataformas, com desdobramentos nos canais, seus perfis nas redes sociais, a exibição das conversas no Globoplay e a exposição no Museu do Amanhã. Os filmes começam a ser veiculados no dia 20, contam com desdobramentos nos canais Globo e seus perfis nas redes sociais, ampliando as pontes de contato com as pessoas. É um chamado para uma reflexão não só sobre o momento atual, mas sobre como esse período afetará o nosso futuro. Sobre quais são esses potenciais legados e aprendizados que levaremos para toda a vida, como a importância de não esquecer o ‘cuidar de si’ e o ‘cuidar dos outros’. Essa força das conexões humanas, dessa capacidade de ligarmos milhões de uns a milhões de outros – ainda que à distância -, foi um importante fio condutor para a criação das peças. Tivemos ainda um cuidado adicional de transpor essa mensagem única alinhada à linguagem e ao tom das nossas plataformas em que a campanha será exibida, incluindo o digital. Levando em conta o olhar jornalístico da GloboNews, a veia criativa do universo Gloob, todo o imaginário coletivo por traz do esporte para o SporTV, o toque ‘fun’ do Multishow, o entretenimento comportamental do Viva e GNT, além do aspecto mais informativo do Futura e do olhar social da Fundação Roberto Marinho. Tudo isso para entregar uma conexão genuína com o público e a possibilidade de criarmos uma verdadeira corrente de solidariedade e esperança.
M&M: Como a Globo definiu os temas para as cinco rodadas de conversas? É possível que esse projeto ganhe uma nova rodada?
Falcão: O ‘Conversas para o Amanhã’ é resultado de uma colaboração entre Globo, GloboNews e Museu do Amanhã, e a definição dos temas levou em conta alguns dos pontos centrais que vivemos atualmente, que também devem inspirar reflexões sobre o futuro pós-pandêmico. Até por isso ‘tematizamos’ as discussões tanto em torno de assuntos mais urgentes, quanto no que teremos de cauda longa. Nessa esteira, acompanhar as discussões em torno de temas como a ciência, a cultura, os impactos da crise na sociedade e os desafios sociais, econômicos e ambientais foi a maneira que encontramos de pautar o presente, de entender como esses tópicos vão evoluir com o passar da pandemia e de que forma eles poderão se desdobrar e impactar as próximas gerações. Outro ponto importante é que os eixos temáticos dessas conversas estão diretamente ligados aos ambientes e à estética da exposição ‘Coronaceno: Reflexões em tempos de pandemia’.
M&M: Que mensagem a Globo pretende passar com a mostra no Museu do Amanhã?
Falcão: A exposição quer ir além de aproximar o público dessa temática que parou o mundo, trazendo uma série de perspectivas e óticas sobre as questões ligadas à pandemia e a como pensar o amanhã. É uma experiência – realizada pelo Museu do Amanhã, em parceria com a Globo, GloboNews e Fiocruz – que tem um intuito de questionar. De abrir os olhos para a nossa forma de existir e de resistir no futuro. De mostrar a multiplicidade dos que seguem na linha de frente e como isso espelha a solidariedade que marca outras partes do projeto. De demarcar as perdas imateriais que esse período nos deixou. De falar sobre a sociedade, o meio ambiente, a cultura e a ciência. Todo esse arcabouço que marca a exposição é uma maneira de consolidar para o público esse ciclo de reflexão tão essencial.
M&M: Embora todo o estudo e projeto fale do pós-pandemia, sabemos que a ameaça da Covid-19 ainda está longe de terminar no Brasil. Em sua opinião, essas transformações na forma de pensar e nos hábitos das pessoas já estão acontecendo?
Falcão: Essa transformação é uma realidade iminente. É claro que esse processo não acontece de forma uníssona, inclusive porque somos uma sociedade plural e que passa por um momento muito delicado com a pandemia do coronavírus. Porém é nesse contexto de mudança e adaptação que nos vemos imersos desde março de 2020. Um contexto que nos fez adaptar desde pontos mais básicos da nossa existência (como as formas de trabalho, a maneira de nos relacionarmos e as práticas de limpeza e higiene, por exemplo), até outros comportamentos sociais que já vinham sendo repensados (como o uso de transporte individual e a aceleração de comportamentos digitais). Tudo isso tem um impacto, uma ‘marca’ própria na forma como encaramos o hoje e também o amanhã. Talvez, por isso, o diálogo e esse ‘pensar junto’ seja cada vez mais importante para o nosso futuro.
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