Meio & Mensagem
28 de maio de 2025 - 11h14
Pesquisa da Meta encomendada à Ipsos mostra que lojas de aplicativos poderiam ser responsáveis por mecanismos de verificação de idade de adolescentes para realizar o download de aplicativos.

(Crédito: Body Stock/Shutterstock)
Ao todo, foram ouvidos mil adultos brasileiros, pais de menores de 18 anos. No geral, 86% dos entrevistados demonstram apoio a uma lei que exija a aprovação parental para o download de aplicativos para menores de 16 anos, idade entendida como limite para 57% dos entrevistados. Do restante, 30% citam a exigência para menores de 18 anos, enquanto apenas 14% a defendem para crianças com idade abaixo dos 13.
A facilidade e segurança poderia ser viabilizada pelas aprovação em um único local, como lojas de aplicativos — como Google Play Store e App Store, da Apple — e em vez de aplicativos individuais. É o que acreditam 62% dos pais. O restante aponta aprovação individual por aplicativo após o download.
Além disso, mais da metade (54%) têm mais confiança nesse canal do que nos apps propriamente ditos para lidar de forma segura com os dados pessoais necessários para verificar a aprovação dos pais.
A maioria dos pais (85%) defendem, ainda, que empresas de redes sociais desenvolvam contas específicas para adolescentes com proteções adicionais, como restrições específicas. Apenas 8% e 7% se declararam parcialmente e totalmente contra a medida, respectivamente.
Em postagem no blog, a Meta aponta que lojas de aplicativos poderiam incluir ferramentas de validação da idade dos filhos ao configurar o smartphone, o que determinaria a idade limite para realizar o download de apps e, consequentemente, solicitaria o consentimento dos pais se necessário.
A pesquisa faz parte dos esforços da big tech em garantir a segurança de crianças e adolescentes nas plataformas digitais, incluindo, claro, Instagram, WhatsApp e Facebook, em todo o mundo. Em janeiro de 2024, ampliou diretrizes de proteção ocultando determinados conteúdos de acordo com idade e o envio de notificações que incentivam os adolescentes a ativarem configurações recomendadas em seus perfis.
Em setembro, a Meta introduziu camadas extras de proteção a adolescentes menores de 16 anos presentes no Instagram e, em abril deste ano, expandiu a oferta para outra rede social, o Facebook e Messenger. As atualizações incluíam o estabelecimento de limites sobre a visualização de conteúdo inapropriado, bem como sobre contatos indesejados na plataforma.