Os líderes globais e o Twitter

Bárbara Sacchitiello
24 de julho de 2013 - 5h07

Além de uma plataforma de conexão e de troca de informações entre pessoas de todas as partes do mundo, o Twitter já consolidou seu lugar como um importante canal de diálogo dos líderes e chefes de Estado. A Burson-Marsteller fez uma pesquisa para mensurar a influência dessas pessoas na rede social e concluiu que 77% dos líderes de 153 diferentes nações possuem ao menos uma conta na rede social.

Desse total, 68% estão conectados na própria rede com outros chefes de Estado e usam a web para transmitir mensagens e informações à população. Globalmente, o líder com maior influência na rede social é o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (@BarackObama), que possui mais de 33 milhões de seguidores e usa o perfil para fornecer informações referentes à ações e projetos governamentais.

Mas, em termos de influência global, Obama perde para o Papa Francisco. O perfil @Pontifex, postado em nove diferentes idiomas, possui mais de sete milhões de seguidores. Porém, as mensagens do Papa são retuitadas, em média, 11 mil vezes, o que potencializa o alcance.

O instituto de pesquisa analisou as influências dos líderes e chefes de Estado no Twitter por continente, levando em conta não apenas os perfis pessoais dos presidentes, primeiros-ministros e governantes, mas também as contas do governo e os serviços oficiais de informação das nações. Veja as principais conclusões:

Brasil e América do Sul
Os líderes de todos os países sul-americanos (exceto do Suriname) possuem uma conta na rede social e a maioria deles está conectada com os outros. A presidente Dilma Rousseff, embora possua uma conta oficial na rede, não a utiliza desde o final de 2010, quando venceu a eleição. O campeão de interação com os seguidores é o presidente do Equador, Rafael Correa e, em número de seguidores, quem vence é a presidente da Argentina, Cristina Kirchner (são mais de dois milhões de seguidores).

América do Norte e Central
Além da influência e liderança da Barack Obama, na América do Norte, os líderes das nações da América Central e do Caribe são bastante ativos na rede social, com destaque para Laurent Lamothe, do Haiti.

Europa
Os líderes de todas as nações europeias – bem como os respectivos perfis oficiais dos países – são usuários assíduos da rede social. O ministro das relações exteriores da Suécia (@CarlBildt) foi considerado o mais conectado do continente, devido a influência de seus seguidores e das pessoas com quem interage. Já em termos de seguidores, depois do Papa Francisco, que representa o Estado do Vaticano, os campeões do continente são o presidente da Turquia, Abdullah Gül e o primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev.

África
No continente africano, o perfil do primeiro-ministro de Uganda (@AmamaMbabazi) é o campeão de interação com outros seguidores. Cerca de 96% das mensagens postadas são respostas a outras pessoas, configurando a conta como a campeã de interações do continente.

Ásia
De acordo com a pesquisa, 75% dos governos do continente asiáticos são muito ativos no Twitter, mas utilizam a rede social como uma plataforma de notícias e divulgação de mensagens oficiais dos governos. Os mais seguidos do continente são a rainha Rania, da Jordânia (@QueenRania), o presidente da Indonésia (SBYudhoyono), o líder dos Emirados Árabes Unidos, Sheik Mohammed (@HHShkMohd), o primeiro ministro da Malásia (@NajibRazak) e o presidente das Filipinas (@NoyNoyAquino).

Oceania
É o continente com menor penetração da rede social. Somente um terço dos 13 países e estados insulares do local têm algum tipo de presença no Twitter. Apesar disso, o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd (@KRuddMP), está entre os mais 20 líderes mundiais mais seguidos.