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Porta dos Fundos: os planos da fase pós-Paramount

CEO da produtora, Rafael Fortes fala sobre a separação do grupo multinacional, a saída de dois sócios e os planos de incrementar os projetos comerciais


7 de abril de 2025 - 6h02

Porta dos Fundos

Rafael Fortes, CEO do Porta dos Fundos (Crédito: Divulgação)

Atualizada às 18h22

Após mais de seis anos no portfólio da Paramount, o Porta dos Fundos voltou a ser uma produtora independente no início de março, quando a multinacional vendeu a participação que tinha na empresa.

Junto com a Paramount, saíram também dois dos cinco sócios que, em 2012, foram responsáveis por estruturar o modelo da produtora de conteúdo que ficaria marcada pelas produções de humor.

Fábio Porchat, Gregório Duvivier e João Vicente de Castro adquiriram a parte da Paramount e seguem liderando as operações da companhia. Antonio Tabet e Ian SBF, que fizeram parte da história do Porta dos Fundos tanto do ponto de vista estratégico (no caso de Ian) como também à frente de esquetes e produções do grupo, encerram a trajetória da companhia.

Após a publicação da reportagem, Antonio Tabet entrou em contato com a reportagem para rebater uma das colocações do CEO do Porta dos Fundos a respeito da possível continuidade da parceria dos agora ex-sócios com a produtora. Tabet reiterou que, assim como Ian SBF,  ele deixou totalmente os negócios do Porta dos Fundos e não tem mais nenhum projeto em parceria com a produtora. “Por questões contratuais, não posso falar sobre os motivos da saída da sociedade. Mas encerrei a participação e me retirei dos negócios junto com a Paramount. Tenho um grande carinho pela história do Porta, mas não faço mais parte da empresa”, declarou.

Na visão da atual liderança, o Porta dos Fundos agora ingressa em uma nova fase com maior flexibilidade para a criação de parcerias e disponibilidade para explorar outros formatos e estilos de narrativas.

“Sendo uma produtora brasileira independente, passamos a ter acesso aos recursos e editais da Ancine. Isso abre uma porta importante para nós frente aos streamings e aos canais de TV”, diz Rafael Fortes, que assumiu o cargo de CEO do Porta dos Fundos em janeiro do ano passado.

Ao Meio & Mensagem, Fortes falou sobre a nova fase da produtora, sobre a criação multiplataforma e as relações do Porta dos Fundos com as marcas.

Saída da Paramount

“Foram anos incríveis junto à Paramount, uma companhia global super relevante. [A saída] foi uma decisão deles, mas foi uma questão tratada com muito carinho e cuidado durante um longo tempo. Foi uma decisão estratégica por parte da Paramount, mas tomada em comum acordo. Somos muito gratos a tudo o que eles fizeram, da maneira como foi feita e da forma como trabalhamos juntos. A Paramount deu uma força relevante ao Porta dos Fundos, levando a marca ao mundo, impulsionando a produtora nos streamings. Fomos e continuaremos sendo grandes parceiros, tanto é que já estamos conversando sobre desenvolver coisas juntos. Continuaremos muito próximos.”

Vida independente do Porta dos Fundos

“Sendo uma produtora brasileira independente, passamos a ter acesso aos recursos e editais da Ancine. Isso abre uma porta importante para nós frente aos streamings e aos canais de TV, passamos a ocupar um espaço muito maior. E agora, temos mais liberdade para potencializar as parcerias. Já temos conversas sobre projetos interessantes e acho, que agora, essa atuação independente nos coloca em outra prateleira.”

Volume de produções

“Estamos em um momento muito produtivo, criativo e de transformação. O Porta não é mais só um canal de esquetes: é um canal que busca diversidade de conteúdo e de projetos. Criamos, dentro de nosso estúdio, um laboratório, onde testamos projetos. Temos uma esteira de projetos incríveis nesse laboratório. O Fábio [Porchat] costuma dizer que o Porta adora jogar projetos fora, porque testamos tanto e acabamos tendo um crivo de qualidade muito alto. Não temos medo de descartar o que ficou mais ou menos. Só queremos entregar para a audiência aquilo de que gostamos muito. Temos muitos projetos que estão no pipeline para o primeiro e para o segundo semestre. Muita coisa divertida, interessante e nova.”

Produção multiplataforma

“Para cada projeto existe um olhar diferente. Eles são parecidos, mas têm elementos diferentes. O Terapia de Casal, por exemplo, foi um projeto pensado totalmente para o digital, gravado na vertical justamente para as plataformas verticais. Já o Que História é Essa, Porchat, é um projeto super elaborado e sofisticado, e pensado para a televisão. No ano passado entregamos a série Cosme & Damião ao Globoplay, que foi um projeto escrito mais no estilo de um humor familiar, mais leve. Foi algo que continua tendo o DNA do Porta, mas para um público diferente. Nossos especiais de Natal são pensados como um média-metragem. Para cada produto há um olhar específico para a plataforma na qual ele será distribuído.”

Projetos comerciais

“Nossa relação com as marcas vai de vento em popa. Tivemos um grande investimento no departamento comercial, com a chegada da Kate Souza como chief business officer (CBO). Estamos indo ao mercado com muita força e temos feito cases incríveis. Recentemente, fizemos algo bem disruptivo com a GSK, que envolveu João Vicente de Castro, Tati Lopes e o Dr. Dráuzio Varella, para falar sobre a vacinação de herpes-zóster. Também fizemos uma campanha de Veja, chamada “Serial Cleaner”, bem ao estilo do Porta dos Fundos. Fizemos um game show junto à revista Capricho, da Editora Abril. Nossa expectativa para este ano é dobrar a receita de branded content.”

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