Os segmentos de televisão e cinema, que compõem a indústria do audiovisual, começam a retomar seu rumo após terem sofrido os fortes impactos gerados pela pandemia de Covid-19. Com a retomada das produções e dos investimentos na indústria, a estimativa é que o mercado global de filmes e de entretenimento alcance uma receita de US$ 170 bilhões em 2030.
Ao longo período, que abrange de 2022 a 2030, a projeção é que o segmento audiovisual no mundo cresça a uma taxa média de 7,2% a cada ano.
Esses dados fazem parte do estudo “O impacto econômico do audiovisual na América Latina”, encomendado pela Netflix à Deloitte e divulgado na semana passada durante o Rio2C, evento realizado na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.
O impacto do audiovisual no Brasil
De acordo com o estudo, no ano de 2021, o setor do audiovisual no Brasil gerou uma receita total de R$ 56,937 bilhões. O valor é praticamente o mesmo registrado no ano de 2020, primeiro período de restrições trazidas pela pandemia de Covid-19.
Também em 2021, o País investiu cerca de R$ 52,180 bilhões em produções de conteúdo.
Ainda em 2021, a produção de filmes no Brasil representou uma receita de R$ 6,182 bilhões.
Para o cálculo da dimensão da indústria para a economia nacional, a pesquisa levou em conta os multiplicadores, que mensuram os gastos indiretos na cadeira de suprimentos.
Pelo estudo, a cada US$ 10 gasto no setor audiovisual na América Latina, entre US$ 6 e US$ 9 são gerados na cadeia de suprimentos.
Da mesma forma, foi calculado o impacto do setor para a geração de empregos. Segundo a Deloitte, de cada 100 pessoas empregadas no setor audiovisual na região, entre 50 e 70 são empregadas em outros setores da economia.
Ainda de acordo com o estudo, a região da América Latina, por conta de seus diversos desafios econômicos, demandaria a implementação de políticas e parcerias com as partes interessadas do setor para apoiar a indústria. Isso poderia ajudar o setor a aproveitar melhor as oportunidades na região.
