23 de fevereiro de 2023 - 9h58
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Mais do que o retorno efetivo pós pandemia ao evento mais importante do planeta no segmento de telecomunicações, ele traz novidades tecnológicas realmente disruptivas provocadas por uma gigantesca transição tecnológica desse mercado…
Até pouco tempo, todas operadoras de telecomunicações ou CSP´s (Communication Service Providers) eram obrigados a construir suas redes com os fornecedores incumbentes tradicionais, baseados em arquiteturas que sempre foram orientadas a hardware específico e proprietário, a cada evolução de geração “G” (2G, 3G, 4G, 5G) são obrigados a comprar praticamente toda uma nova rede aonde vários elementos não interoperam e precisam ser totalmente substituídos porque só funcionavam naquela geração, fora custo operacional de fisicamente ter que trocar tudo isso (pensa num país de dimensao continental como Brasil), e sempre com uma arquitetura que chamamos “lock in”, ou seja, comprei e fico dependente daquele fornecedor de hardware proprietário, com seu “sistema operacional proprietário”, com suas aplicações (Packet Core) e com suas funções e hardware de acesso também proprietárias, custos absurdamente elevados, com investimentos multi-bilionários a cada geração.
A grande transição tecnológica que já começou é fundamentada em uma nova arquitetura de rede, totalmente baseada em software, independente da infra-estrutura (seja ela on-premises baseada em servidores tradicionais ou em qualquer nuvem), agnóstica a sistema operacional que trabalhe sobre o hardware escolhido, com um software no nível da aplicação orquestrando agnosticamente todos diferentes fornecedores de soluções dessa infra, automatizando e permitindo inserções ágeis de novos elementos de harware ou software, indepentemente se estamos em 2/3/4/5G ou, futuramente, 6/7/”n” G, usando no acesso de suas redes uma rede aberta (OpenRAN) com diversidade de fornecedores de rádio também sendo orquestrados totalmente por um software único, permitindo que a operadora de telecomunicações possa adquirir o que há de melhor para cada parte de sua arquitetura de rede (não mais obrigada a comprar soluções “pato”). Ou seja, uma arquitetura de nova geração que sai de desenhos verticais com poucos fornecedores e “vendor lock in” para uma única rede agnóstica e aberta, construída horizontalmente!
Some a isso com o que a tecnologia 5G nos proporciona, que vai além da comunicação entre pessoas (2/3/4G traziam), trazendo novas aplicações em saúde, agronegócio, mundo financeiro e até mesmo com times de futebol, através de MVNO´s, trazendo novos provedores de serviço que vão acelerar a produtividade e melhoria da vida de todos nós. E nem toquei ainda no tema de Inteligência Artificial.
A Mavenir entra nessa transição que vem ocorrendo há pouco mais de 5 anos, com soluções que permitem uma arquitetura de rede baseada em software agnóstico, com interfaces abertas, totalmente orientadas a nuvem (cloud-native), que trabalhem com microsserviços e aonde o hardware seja construído de forma aberta e com elementos que aumentem a performance do software, sem possuir surpresas ou “vendor lock in”, permitindo uma miríade de novos fornecedores existentes e muitos que irão surgir participar desse novo mundo. Isso somado a liderança e no incentivo ao OpenRAN e cooperação e parcerias na construção de novas soluções de B2B, baseadas em redes privativas, abrem um novo mundo de inovações nesse setor tão importante para o desenvolvimento de nossa sociedade!