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Opinião

A maior revolução da humanidade está acontecendo mais rápido do que você pode perceber

Nessa batalha onde empresas consolidadas e startups inovadoras disputam o mesmo espaço, lembro de uma frase de Darwin: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente. Quem sobrevive é o mais disposto à mudança”


8 de janeiro de 2018 - 14h49

Estamos vivendo em um tempo no qual a velocidade, e não apenas o trabalho, é a nova moeda dos negócios. Empresas estão sendo desafiadas diariamente por um futuro que, por muitas vezes, parecia distante. As mudanças são cada vez mais radicais e a rapidez com que acontecem é cada vez maior.

A humanidade já está sendo transformada. Em uma viagem para Hong Kong, me surpreendi ao ver que a maioria das pessoas não usa mais dinheiro ou cartão de crédito para pagar coisas simples do dia a dia. Setores tradicionais como o de educação e o automobilístico já estão sendo completamente modificados. Todas as montadoras anunciaram que nos próximos anos só irão fabricar veículos elétricos e autônomos. Com isso, os custos com manutenção para troca de óleo, filtro e demais peças em um carro com motor a combustão irão ser substituídos por uma simples atualização de software, assim como você faz no seu smartphone.

Se você pensou no que será dos centros automotivos que oferecem esse tipo de serviço, amplie um pouco mais a sua visão e veja que isso acontecerá com todos os setores da economia. Muitas coisas já estão acontecendo ao nosso redor e nós não estamos percebendo. Negócios que surgiram a pouco tempo como os aplicativos de táxi, que revolucionaram a maneira dos taxistas oferecerem os seus serviços, precisarão ser completamente modificados com a chegada de veículos 100% autônomos. A China anunciou que até 2020 todos os taxis serão elétricos e até esse mesmo ano, a grande maioria das nossas interações com as empresas serão realizadas por meio de máquinas, ao invés de humanos.

Das previsões que já vi sobre o que acontecerá nos próximos 5 a 10 anos, com as transformações feitas por tecnologias disruptivas como Inteligência Artificial, Internet of Things (IoT), Blockchain e Machine Learning, todas são unanimes em dizer que irá afetar o seu emprego, o seu dia a dia e, principalmente, os modelos de negócios atuais. Com o desaparecimento de muitas coisas que fazem parte hoje da nossa vida, surgirão também muitas oportunidades, por isso, ao invés de olhar para o que você pode perder, vire 180º e veja o que você pode ganhar.

Empresas como a IBM, Google, Microsoft e Amazon já concentram a maior parte dos seus investimentos em Inteligência Artificial. Pesquisas mostram que a economia mundial será afetada pela IA e que países conseguirão acelerar o crescimento com a tecnologia.

As empresas estão buscando inovar de forma pontual, sem entender que esse tipo de tecnologia irá modificar a maneira como ela opera e se posiciona no mercado. A inovação precisa ser estrutural e permear por toda a organização. Essa discussão precisa fazer parte das reuniões de diretoria, desde planejamento estratégico, criação e mídia ao financeiro. Todas as áreas das empresas precisam ser transformadas e a grande dificuldade é entender como alinhar as estratégias e objetivos de negócio com tecnologias disruptivas – e com isso potencializar resultados. Não adianta pensarmos que é suficiente utilizar um software com IA para automatizar o SAC. Cada empresa tem necessidades e inteligência de negócios diferentes. Se você busca uma solução padrão, que foi construída para o seu segmento, nessa nova era você será apenas mais um e, portanto, não terá nada diferente do que as outras empresas que utilizam a mesma solução.

Na 4ª revolução industrial, que está sendo a maior de todas, as empresas precisam ser tratadas de forma individual (assim como acontece hoje com os clientes), com soluções pensadas para atender as suas necessidades e alcançar o diferencial que a coloque em posição de destaque no mercado. Os diretores financeiros precisarão se acostumar a ver IA como um dos maiores investimentos dentro do planejamento das empresas.

E, nessa batalha onde empresas consolidadas e startups inovadoras disputam o mesmo espaço, eu me lembro de uma frase de Charles Darwin que diz: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente. Quem sobrevive é o mais disposto à mudança”.

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