O fim do SEO?
Ou somente o começo de um novo ranking com a inteligência artificial em expansão?
Ou somente o começo de um novo ranking com a inteligência artificial em expansão?
Por décadas, o jogo era claro: aparecer no topo do Google. Você estudava palavras-chave, otimizava a meta-descrição, publicava conteúdos e torcia por backlinks. Isso era SEO — e funcionava. Mas a inteligência artificial (IA) mudou as regras. Agora, com a chegada dos grandes modelos de linguagem, como ChatGPT, Gemini e Perplexity, o jogo não é mais sobre cliques em links. É sobre ser a resposta.
O que está acontecendo é uma virada de chave silenciosa — mas poderosa. As pessoas não querem mais navegar entre dez abas para encontrar a melhor fonte. Elas querem uma resposta certeira, confiável, direta. E a IA está entregando isso. Hoje, 91% das buscas já retornam respostas geradas por IA no próprio Google. No Brasil, 54% da população usou IA generativa em 2024. Globalmente, a estimativa é que 378 milhões de pessoas estarão interagindo com LLMs até o fim de 2025.
O que isso significa? Que estamos migrando de um SEO voltado para algoritmos de busca para um novo ranking: o da confiança algorítmica nas respostas da IA.
Foi nesse novo contexto que surgiram duas frentes emergentes: GEO (Generative Engine Optimization) e LEO (Language Engine Optimization). GEO é sobre ser escolhido pela IA para compor a resposta. LEO é sobre ser compreendido e citado pela IA como uma fonte confiável. Tem gente dizendo que essas frentes são apenas subcategorias do SEO clássico. Mas pouco importa o rótulo. O que importa é a relevância real. Você precisa aparecer nas respostas — em todos os canais, não somente no Google.
Para isso, o primeiro passo é entender como os LLMs operam. Eles não “buscam” em tempo real. Eles “respondem” com base em conteúdos que já foram compreendidos, indexados, estruturados e rotulados como confiáveis. Se o seu conteúdo não está nesse mapa mental da IA, ele simplesmente não existe. Não basta ter autoridade no seu site. Você precisa ter autoridade na cabeça da IA.
O que os modelos de linguagem valorizam é simples, mas exige uma mudança profunda na forma como produzimos conteúdo. Eles priorizam perguntas bem formuladas, títulos que já antecipam a dúvida, respostas claras logo nas primeiras linhas e uma estrutura visual limpa, com conteúdo útil, prático e acionável. A estética importa menos. O que vale é a funcionalidade algorítmica. O seu conteúdo ajuda a responder? Então ele entra no ranking. Se não ajuda, desaparece.
Você acha que seu conteúdo é ótimo? Faça o teste. Pergunte ao ChatGPT: “Quais são os melhores conteúdos sobre [seu tema]?” Se a IA não citar você, é porque ela não reconhece seu conteúdo como referência. E nesse novo jogo, não ser citado é o novo sumiço digital.
A grande virada é essa: não adianta mais só escrever bem. Você precisa ser compreendido por uma mente estatística. E isso exige uma nova estratégia.
Tudo começa ao inverter a lógica. Pense como quem responde, não como quem tenta impressionar. Escreva como quem resolve dúvidas reais, com clareza e profundidade. Descubra as perguntas reais que as pessoas estão fazendo. Use o próprio ChatGPT ou ferramentas como Semrush para levantar as dúvidas mais frequentes e construa seu conteúdo a partir delas. Vá direto ao ponto, fuja dos textos genéricos e produza algo que realmente possa ser citado como fonte confiável.
O SEO de 2025 é sobre coerência entre pergunta, conteúdo e confiança algorítmica. Não é sobre gerar tráfego. Quem for citado pela IA será lido, replicado, lembrado.
Minha sugestão: escreva como quem ensina. Responda como quem quer ser citado. Pense como quem será consultado por uma IA.
Porque no novo ranking, o conteúdo que vence não é o mais bonito — é o mais útil. Útil para humanos. Útil para a inteligência artificial.
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