O que pegou na Vidcon 2022

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Opinião

O que pegou na Vidcon 2022

Desenhado para uma audiência que inclui a turma da indústria, Creators em acensão e legiões de fãs, parecia haver algo para todo mundo


8 de julho de 2022 - 11h45

(Crédito: Youngoldman/ iStock)

Enquanto Cannes borbulhava na Riviera Francesa, juntando e premiando a crème de la crème da publicidade, o Vidcon dropava em LA com as últimas e boas do mundo Creator. Desenhado para uma audiência que inclui a turma da indústria, Creators em acensão e legiões de fãs, parecia haver algo para todo mundo – e muita coisa rolando ao mesmo tempo!

Pipocando de sala em sala, tive a chance de assistir a várias apresentações, sendo que o que mais me tocou, foram os painéis com Creators, de carne e osso, trocando ideias. Ouvir deles, diretamente, suas experiências, aspirações, rotinas e perrengues, foi fascinante. Sabe grupo de pesquisa? Então, me senti num, tendo acesso à realidade deles, em primeira mão.

De tudo que vi e ouvi pelas salas e corredores, divido a seguir os três temas que mais me marcaram e que levei comigo para reflexão voltando pra casa:

Algoritmo: plataformas são desenhadas para gerar engajamento, doa a quem doer. Conteúdos mais carregados de emoção (positiva ou negativa) se dão bem. Mal comportamento e temas picantes são bonificados pelo algoritmo. Para Creators, esse sistema alimenta uma espiral dolorosa e perigosa. Navegar por altos e baixos é um desafio psicológico, constante. Falou-se muito na prática de higiene mental, com rituais e hábitos para lidar com essa cruel realidade.

Autenticidade: do lado dos Creators, falou-se na importância de se ter clareza do “porquê” eles fazem o que fazem e se poder voltar a essa essência quando a barra aperta. Serem fiéis a suas verdades, ao invés de se autoflagelarem caso seus conteúdos não “performem”. Do lado das marcas, serem autênticas na narrativa, execução e distribuição. Sendo verdadeiras ao que a marca é, suas crenças e causas, comportamentos, além de onde, como e quanto decidem aparecer.

Monetização: esse foi um dos principais temas dessa edição. Tocou-se muito no movimento por novas fontes de receita, que vão além da publicidade, de acordos com marcas e venda de produtos próprios de merchandising. O admirável mundo novo da Web3 posou com tudo por lá também: DAO, descentralização, caminhos pro Creator se relacionar direto com a sua audiência, tokenização de comunidades e pintaram alguns bons casos de uso de NFT.

Nesse mundo algorítmico, no qual buscamos autenticidade instantânea e audiências se traduzem em dinheiro, não é fácil para Creators (e marcas) se manterem na crista da onda. Para lidar com esse constante fluxo de mudanças e estímulos, o melhor remédio para saúde mental é achar e viver a sua própria verdade. Mais fácil dito do que feito.

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