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Deixamos para trás um cenário de poucos anunciantes para muitas agências — uma guerra em novos negócios —, e vivemos agora uma época dinâmica, com mais portas de entrada para novas contas


30 de abril de 2018 - 12h54

Estamos atravessando um momento único no Brasil e, consequentemente, também na propaganda. Momento de aproveitar o cenário econômico que tende à estabilização, de celebrar as várias e rápidas mudanças que não param de acontecer e de agarrar as oportunidades que surgem diante de todas essas transformações. Momento de novas formas e formatos, de anunciantes inativos na ativa, de grandes anunciantes mudando suas maneiras de anunciar.

É o momento de aproveitar que existem essas formas e formatos novos, que podemos ter anunciantes que não anunciavam nunca e grandes anunciantes mudando o comportamento de como anunciam. Porque, se pararmos para pensar, quando tínhamos menos formatos de mídia nossa eficiência estratégica e criativa era exemplar. Agora, imagine o quanto mais relevantes podemos ser com essa quantidade de canais de comunicação.

O mundo novo é fascinante e, se soubermos lê-lo adequadamente, ele nos dá uma oportunidade gigante. De gerar novos negócios dentro dos clientes, de vender serviços de marketing cada vez mais completos e de prospectar por meio de outras perspectivas. O cenário anterior era de muito poucas alternativas, ou seja, de poucos anunciantes para muitas agências. Uma verdadeira briga de gigantes, uma guerra em novos negócios.

Nosso mercado está muito, muito mais dinâmico e as portas de entrada para ganhar contas também são várias. Hoje, podemos mostrar os diversos diferenciais das agências, desde o pensamento estratégico até os ferramentais desenvolvidos por elas internamente. Hoje, a nossa criatividade está mais relacionada a um comportamento do que, especificamente, a apenas um departamento. E pode ser vista desde de uma belíssima estratégia, passando por uma nova forma de segmentação de target que o digital nos permite até, é claro, em nosso produto final criativo.

Nosso business está passando por profundas transformações, e essas mudanças são não apenas grandes mas também irreversíveis. E isso permite novos formatos, novas agências, novos anunciantes. Em resumo, um novo mercado. Hoje, propaganda, social, performance, BI, PR, promoção, evento devem ser compreendidos como um sistema e, não, separadamente. Todos os canais juntos e de olho no resultado, ou melhor, em todos os resultados. Ou seja, vários resultados que consolidam um todo chamado business.

Acredito que, mais do que nunca, é hora de as agências voltarem a crescer. E com a profundidade necessária para voltarmos a ter a mesma autoridade que tínhamos no passado. Temos arsenal para isso. A importância de performance nos leads que viram aquisições. O impacto direto nas vendas do cliente (no ROI de mídia). A métrica no engajamento no trabalho. As chances de testar o melhor nos testes AB, de focar na estratégia de PR, nos dados do cliente gerando insight. Enfim, tudo que impacta nos resultados dos nossos clientes e que, no final do dia, faz o ponteiro mexer.

Acredito que voltaremos para a linha do investimento em propaganda e, deixaremos, finalmente a linha de despesas. Para isso, precisamos parar de defender meios e formas e passar a defender resultados gerados pelas nossas agências. Vamos celebrar e agradecer a oportunidade de trabalharmos num mercado que muda tanto. E vamos nos aprofundar no que for preciso, vamos fazer o que for necessário para voltarmos a ter cada vez mais orgulho do que realizamos. Para isso, volto a repetir: precisamos aproveitar as possibilidades que o “novo” nos oferece. Afinal, toda mudança planejada é positiva e só vai realmente ficar para trás quem não acompanhar essas mudanças e apenas reclamar. Não sei exatamente para onde as coisas vão e quais são todas as consequências e implicações dessas mudanças. Mas de uma coisa tenho certeza: estou muito feliz de ter a oportunidade de aprender todos os dias. E aí? Partiu?

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