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Opinião

Tire o dedo do gatilho!

A propaganda continua a despertar a atenção dos consumidores por marcas ou produtos, mas diferentemente do que acontecia, não importa apenas o que o anunciante tem para comunicar


18 de abril de 2018 - 17h00

Você se lembra quando a única maneira de ter acesso a avaliação de um automóvel que estava interessado em comprar era por meio de revistas e jornais especializados? Ou então, para descobrir se o porta-malas do carro desejado era grande como dizia a propaganda de 30 segundos, você tinha que ir até a concessionária para tirar a prova? Hoje, muita coisa mudou. Antes de comprar um carro, alugar uma casa ou mesmo comprar uma peça de roupa, as informações e experiências positivas e negativas de terceiros estão disponíveis para qualquer pessoa e influenciam e, muito, na decisão da compra.

A propaganda continua a despertar a atenção e o interesse dos consumidores por marcas ou produtos, mas diferentemente do que acontecia no passado, não importa apenas o que o anunciante tem para comunicar. Os consumidores são capazes de encontrar, sem esforços, informações sobre os produtos e serviços baseados em opiniões de outros consumidores, especialistas, haters e lovers. Hoje, o consumidor está mais do que nunca com acesso a um repertório de informações que antes eram de propriedade de especialistas ou disponíveis apenas no ponto de venda.

Nenhum exército de humanos treinados faz um bom trabalho de business intelligence sem alta tecnologia. Quanto mais rápido os dados forem manuseados, mais rápido será o retorno das marcas quanto às suas ações e vendas

E é aí onde entra o desafio das marcas! Como conectar-se com os consumidores na era dos dados? Tudo começa na capacidade de reunir aquilo o que é falado sobre a sua marca, serviços ou produtos em um ambiente de dados saudáveis e operantes, seja através da contratação de empresas especializadas ou na criação de seus próprios hubs de dados com profissionais capacitados e alta tecnologia. Enquanto as marcas não investirem em tecnologia que suporte o big data, não o terão a seu favor. Terão, no máximo, o bad data.

O fato é que só conhecendo os dados é possível ser eficaz na abordagem com o consumidor, entregando a comunicação da maneira que aceitam e na velocidade que esperam. Aliás, outro ponto a destacar é a velocidade com que os dados circulam e devem ser entregues e analisados. Nenhum exército de humanos treinados faz um bom trabalho de business intelligence sem alta tecnologia. Quanto mais rápido os dados forem manuseados, mais rápido será o retorno das marcas quanto às suas ações e vendas.

Ainda hoje, com tantos dados disponíveis, muitas marcas não pararam para ouvir a voz do consumidor. E, na minha opinião, esse é o grande erro cometido na era dos dados.  Dê voz ao consumidor, tenha em mãos todos os dados em um ambiente seguro e estruturado. Não deixe que a falta de envolvimento, esclarecimento e interação seja o dedo no gatilho que fará o consumidor desistir da sua marca ou produto.

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