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Como os squads de tecnologia influenciam as perspectivas de marcas?
Através de especialização e agilidade, squads realizam processos de forma mais acelerada, enquanto mostram à empresas caminhos mais eficientes até a transformação digital
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Giovana Oréfice
10 de agosto de 2021 - 6h00
O mundo atual pede por transformações cada vez mais rápidas. Além disso, as tecnologias ascendentes vem mostrando às empresas que a transformação digital demanda agilidade e eficiência a fim de garantir a sobrevivência no mercado. Não só isso, mas também as marcas passaram a entender que as metodologias tradicionais de realizar operações não se mostram tão efetivas como no passado, o que faz com que elas precisem buscar mão de obra especializada que atue de forma produtiva, colaborativa e inovadora para viabilizar entrega de valor e, consequentemente, gerar melhores resultados.
Atualmente, as companhias contam com a ajuda de um importante ator no cenário tecnológico e econômico brasileiro, que são as startups. Atuante no mercado desde 2015, o Cubo Itaú, idealizado pelo Itaú Unibando e Redpoint eventures, se posiciona como uma comunidade e um hub de fomento ao empreendedorismo tecnologico. Renata Zanuto, co-head do Cubo Itaú, afirma que, sobretudo em um cenário de pós-pandemia, as coisas estão mudando cada vez mais rápido no que diz respeito à novas soluções e que a agenda de transformação foi acelerada. Para acompanhar essa movimentação, ela conta que a metodologia utilizada por startups – baseada em testes de hipóteses – é uma alternativa eficiente. “Essa metodologia traz essa agilidade que a empresa precisa para continuar se mantendo relevante e isso é extremamente necessário no hoje em dia”, diz ela.
“O Cubo vem muito como um hub de conexão para conectar as empresas com o ecossistema como um todo, seja pra com pra fazer negócio, seja conectar as próprias empresas com outras empresas para mostrar que cada vez mais essa colaboração é necessária”, aponta Zanuto. Hoje, o hub conta com mais de 280 startups de mais de 13 segmentos de atuação em sua rede. A visão dos squads vem mostrando às marcas que o compartilhamento de práticas, diferentemente do que se pensava no passado, é uma ação positiva, que gera fortalecimento. “Cada vez mais, as corporações estão aprendendo também com as startups. Elas veem que quanto mais elas compartilharem entre si, elas somam forças e elas ficam cada vez mais fortes”. A co-head aponta ainda que as startups têm o poder de mudar a mentalidade de empresas no que diz respeito ao dia a dia das operações, mostrando uma nova forma de trabalho.
A mesma visão é compartilhada por André Abreu, CEO da BossaBox. Também se posicionando como um squad de tecnologia, a empresa se baseia na entrega de inovação com iniciativas digitais a partir da conexão entre profissionais qualificados e metodologias ágeis e tecnológicas. “O modelo inteiro da BossaBox é muito colaborativo. Assim, a grande empresa de profissionais dessa nova economia, profissionais digitais colaboram muito e é assim que o trabalho acontece. Esse é o modelo de trabalho que a gente acredita para o futuro”, esclarece. O executivo comenta que a BossaBox tem como papel viabilizar a entrega de valor e utilizá-la para empoderar seu ponto focal: os clientes. “Sempre que ajudamos uma empresa a realizar um impacto, entregar um produto, entregar uma solução ou indicador de negócio por meio de uma tecnologia, estamos influenciando a cultura dela de alguma forma”, afirma Abreu. Segundo ele, a BossaBox não para no outsourcing, uma vez que a cultura é transformada, as companhias passam a ter mais predisposição em aceitar práticas ágeis, digitais e até mesmo em práticas de relacionamento interno.
Ainda, ele aponta que uma das consequências do modelo de agilidade que utilizam em sua metodologia é a humildade, o que faz com que as marcas descentralizem a responsabilidade da alta gestão para que os processos sejam otimizados através de terceiros. “Nós fazemos com que as empresas consigam ver que essa outra forma de fazer as coisas, interagindo com o modelo de trabalho mais horizontal, com agilidade de fato de ponta a ponta, baseada em dados baseado em métricas, tomada de decisão e co criando entre todas as partes envolvidas de negócio, desenvolvedor, designer, por exemplo, e colocando todos em uma sala para conversar, esse modus operandi acaba sendo melhor e mais barato pras empresas”, diz.
A BossaBox já entregou soluções para grandes nomes como OMO, Housi, Cury e Unidas. O CEO conta que o portfólio de clientes é composto de empresas que buscam inovação, mudança em seu modelo de negócios e digitalização. Atuando no core da estratégia dessas marcas, a empresa opera em uma camada profunda no desenvolvimento de produtos a partir de squads de alta performance responsáveis pelas entregas.
É importante lembrar que quando o assunto é inovação, o ecossistema como um todo deve fazer parte dos processos. Ao adotar o trabalho de squads como o Cubo Itaú, marcas se beneficiam de uma visão holística que dificilmente teriam trabalhando solo. “Esse conhecimento trezentos e sessenta do ecossistema como um todo é benéfico, porque estamos em um momento ainda em que muitas empresas estão nesse momento de descoberta. Então, elas não conhecem todas as possibilidades que o mercado oferece e não tem o conhecimento de como funciona o todo ou de quem são as startups que são que eu posso confiar para fazer negócio”, ressalta a co-head Renata Zanuto. Ela indica que outro benefício dessa união é o encurtamento de caminhos para que a transformação digital aconteça, visto o mundo acelerado em que vivemos. “Uma vez que a corporação está com a gente lá no Cubo, tem toda uma jornada de transformação digital que acompanhamos com ela olhando a parte de talentos e de transformação de área de negócio, trazendo todas as todas as áreas operacionais da corporação para que a gente possa fazer a conexão com as startups e mostrando possibilidades de novos ventures também”, diz ela sobre a expansão de visão que as marcas podem ter.
*Crédito da imagem do topo: blackdovfx/iStock
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