Rádio, OOH e mobile: as mídias que já estão mudando o mercado da propaganda
Trata-se de uma mídia acessível, que as pessoas podem ouvir a partir de qualquer device que já tenham
Rádio, OOH e mobile: as mídias que já estão mudando o mercado da propaganda
BuscarTrata-se de uma mídia acessível, que as pessoas podem ouvir a partir de qualquer device que já tenham
11 de outubro de 2022 - 6h00
(crédito: Molostock/shutterstock)
O que mudou e o que mudará no mercado de mídia daqui para a frente? Essa foi a pergunta que norteou a realização da 2ª edição do Media Thinker Day, realizado no final de Setembro e que contou com a participação de especialistas em diversas áreas.
A editora-executiva e âncora da Band News FM, Sheila Magalhães, falou sobre a transformação do rádio, que completa 100 anos em 2022 e que seria o veículo que mais soube ‘beber’ nas novas tecnologias, encarando-as como grandes ferramentas para ampliar o seu alcance.
Segundo o estudo Inside Radio 2022, feito pela KANTAR Ibope Media, 83% dos brasileiros ouvem rádio e o consumo por plataformas digitais contribui para que ele siga como uma das mídias de maior proximidade com os telespectadores. Com características muito particulares como espontaneidade e imediatismo, o rádio se consolidou enquanto companhia dos ouvintes, levando conteúdo e informação a qualquer tempo e em qualquer lugar. Para Sheila, é uma mídia que passou a respeitar mais o tempo das pessoas, permitindo que acompanhem seus programas e comunicadores favoritos enquanto realizam outras atividades. Diante de rotinas cada vez mais atribuladas, o rádio é o único veículo que permite essa pulverização de atenção e permite às pessoas absorverem algum conteúdo durante a rotina, o que é muito valioso.
O avanço tecnológico também trouxe mais criatividade às emissoras de rádio. De programas de nicho, como os podcasts, até a atividade em mídias sociais como lives, agora tudo se complementa. Trata-se de uma mídia acessível, que as pessoas podem ouvir a partir de qualquer device que já tenham.
(Créditos: Divulgação)
Ainda de acordo com o estudo Inside Radio 2022, 9% do público ouve rádio no trânsito e 3% no trabalho. Alcançar pessoas durante o deslocamento também é uma das vantagens das mídias Out Of Home (OOH), o que foi pontuado pelo CEO da Helloo e Presidente da ABOOH, Felipe Forjaz, que falou sobre o crescimento exponencial das mídias de elevador, aeroportos, shoppings e terminais rodoviários.
Com o crescimento de agências especializadas neste tipo de mídia, ele falou sobre o presente e o futuro do OOH – o KANTAR Ibope Media também realizou o estudo “Inside OOH 2022”, onde identificou aumento de 29% no volume de inserções entre o primeiro semestre de 2020 e o mesmo período de 2021. O mercado começou a se consolidar a partir de 2014, com novas regras para publicidade que buscaram deixar as cidades visualmente mais limpas. O OOH despontou como um veículo de grande abrangência, com características que permitem regionalização e assertividade.
Recentemente adquirida pela BR Malls, a Helloo foi criada para melhorar a comunicação em condomínios, atendendo as demandas de síndicos, moradores e fomentando o comércio local.
(Créditos: Divulgação)
Com quase 10 mil telas em elevadores, 1 milhão de audiência diária em edifícios residenciais e operação em mais de 70 shoppings, a Helloo vê que o OOH virou uma grande potência no Brasil, dialogando diariamente com o morador, tendo uma audiência cativa, com baixíssima dispersão e incrementa o retorno do anunciante. A marca também segue inovando: combinado com estratégias de análise de dados, poderá levar mensagens cada vez mais personalizadas, segmentando por geolocalização e por atributo da audiência, como hábitos de consumo e classe social. Em um futuro próximo, a mídia programática deve promover uma expansão grande e constante, chegando a 15% de share.
A complementaridade entre novas tecnologias foi o tom da fala de Francesco Simeone, Country Manager da Logan no Brasil. A empresa é líder em mobile marketing na América Latina. Nos últimos anos, os investimentos em campanhas via mobile cresceu 20%, segundo uma análise da consultoria AppAnnie. O número de apps que passaram a veicular anúncios aumento em 85%. Francesco conta que esse crescimento tem mudado um dos elementos mais clássicos da publicidade: o funil de vendas. Nos próximos anos, ele acredita que devemos assistir uma mudança ainda maior da jornada de compras, que deixará de ser algo que parte de uma base grande e vai se afunilando. Hoje, vivemos em um mundo onde podemos criar muitos topos que se juntam na conversão. A jornada não é mais linear. O destino do mobile é ser cada vez mais complementar a outras mídias.
O uso de smartphones é um acelerador desse cenário. Os brasileiros passam, em média, 5,4 horas por dia no celular, sendo que boa parte do tempo é usado em aplicativos de trocas de mensagens e mídias sociais. Uma pesquisa da Digital Turbine identificou que 92% dessas pessoas fazem compras pelo celular, que virou companheiro inseparável e, portanto, uma mídia poderosa. Ele acredita que o mobile vai existir do jeito que conhecemos até 2031. Mas é possível que no futuro não precisaremos buscar as telas, elas vão nos buscar. Ou seja, com multitelas presentes ao longo de toda a jornada, o mobile está caminhando para o OOH.
(Créditos: Divulgação)
A visão é compartilhada por Tathiana Almeida, Head de Mídia da TailorMedia. Sua contribuição foi focada em características essenciais para quem trabalha na área. Entre elas, ser curioso e estar disposto a aprender, saber avaliar a necessidade do cliente, conhecer o segmento, os mercados, o público, hábitos de consumo. E, principalmente, manter-se antenado nas ferramentas de mídia, pois tudo isso está mudando o tempo todo e precisaremos aplicar no dia a dia.
Entregar a mensagem correta, no momento correto, para a pessoa correta. Ao analisar as mudanças das campanhas de mídia, ela chamou a atenção para a necessidade de regionalização de estratégias e o conceito de cauda longa, onde diversas mídias ajudam a estender a conversa com o consumidor. Como exemplo, citou o case da campanha Footlong, da marca Subway, cujo plano de mídia regional foi feito pela OpusMúltipla.
Para fechar a 2ª edição do Media Thinker Day, conversei com o publicitário Mario D´Andrea, VP de Conteúdo da OpusMúltipla e CEO da D’OM Soluções Improváveis. O profissional trouxe sua visão sobre o papel da criatividade em todo o processo de uma campanha, do primeiro insight ao plano de mídia. Para ele, é pensar com a cabeça do consumidor, se colocar no lugar dele e a partir daí ter uma história interessante. Mario lembrou que a melhor coisa do mundo é quando o consumidor olha para o discurso da marca e pensa: isso tem a ver com a minha vida.
(Créditos: Divulgação)
Hoje, o mercado publicitário do Brasil figura entre os principais do mundo, movimentando R$ 69 bilhões em compra de mídia somente em 2021, segundo o KANTAR Ibope Media. Um estudo encomendado pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP), a cada R$ 1 investido em publicidade, o retorno para a economia é de R$ 8,54. A publicidade cria riqueza na economia local. Só no Brasil, são cerca de 440 mil empregos diretos e indiretos. Os grandes desafios da indústria da propaganda passam por entender nosso papel transformador e trabalhar cada vez mais para trazer resultado e riqueza, não só para o anunciante, mas para toda a sociedade.
(Créditos: Divulgação)
Hoje, o mercado publicitário do Brasil figura entre os principais do mundo, movimentando R$ 69 bilhões em compra de mídia somente em 2021, segundo o KANTAR Ibope Media. Um estudo encomendado pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP), a cada R$ 1 investido em publicidade, o retorno para a economia é de R$ 8,54. A publicidade cria riqueza na economia local. Só no Brasil, são cerca de 440 mil empregos diretos e indiretos. Os grandes desafios da indústria da propaganda passam por entender nosso papel transformador e trabalhar cada vez mais para trazer resultado e riqueza, não só para o anunciante, mas para toda a sociedade.
O conteúdo completo do 2º Media Thinker Day está disponível no canal do YouTube da Tailor Media.
Compartilhe
Veja também
Brasil lidera nova era do marketing mobile, aponta AppsFlyer
App Tracking Transparency (ATT), recurso de privacidade da Apple, redefine a coleta de dados e impulsiona práticas mais responsáveis
Agentes de IA: a transformação da experiência do cliente
Pesquisa da Cisco destaca como os agentes de IA prometem transformar a experiência do cliente e acelerar a inovação